São Paulo, quarta-feira, 24 de abril de 2002

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Paralisação dos ônibus prejudica 740 mil usuários

DA REPORTAGEM LOCAL

Motoristas e cobradores paralisaram ontem 60% da circulação de ônibus na cidade de São Paulo e prejudicaram cerca de 740 mil pessoas, segundo a SPTrans (São Paulo Transporte, órgão responsável pelo transporte coletivo).
O sindicato dos motoristas e cobradores afirma, no entanto, que 90% da frota total, composta por aproximadamente 10 mil veículos, deixou de circular na cidade das 10h às 15h.
O sistema transporta diariamente 3,6 milhões de pessoas.
A categoria reivindica 9,26% de reposição salarial, devido a perdas decorrentes da inflação, e 5% de aumento real.
Motoristas e cobradores querem também participação nos lucros e manutenção de benefícios, como o vale-refeição.
A categoria cobra da Prefeitura de São Paulo a implantação mais rápida de melhorias viárias favoráveis ao transporte público -a criação de faixas exclusivas e a reforma de terminais, por exemplo. A data-base da categoria é 1º de maio.
O Transurb (sindicato das viações) informou que as empresas não têm condições de dar aumento aos trabalhadores e não haverá negociação.
O secretário municipal dos Transportes, Carlos Zarattini, disse que não é seu o papel de mediação entre empresas e empregados. As viações não serão multadas porque o sindicato dos trabalhadores assumiu a paralisação.
Interromper o serviço prestado à população deveria ser, segundo Zarattini, a última opção dos motoristas. O secretário pediu mais diálogo entre a categoria e os empresários para evitar futuras paralisações.
A manifestação de ontem foi a segunda em 40 dias. Desta vez, motoristas e cobradores se concetraram nas garagens.
Apesar da greve, o trânsito na cidade ficou normal, segundo a CET-SP (Companhia de Engenharia de Tráfego).



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