LUÍSA BRITO
DA REPORTAGEM LOCAL

A Delegacia de Crimes Ambientais da Polícia Civil instaurou inquérito para apurar o vazamento. Segundo a Secretaria de Estado da Segurança Pública, a polícia vai investigar se houve dano ao ambiente. A pena para o crime é de reclusão de um a quatro anos para o responsável.
Uma equipe da delegacia esteve ontem no local para iniciar as investigações. Será avaliado se o veículo que carregava o material era adequado para o serviço e se foram adotadas as medidas corretas na colocação dos cilindros.
O inquérito vai determinar se houve negligência, imperícia e imprudência na condução da carga. A polícia tem 30 dias para concluir o inquérito -o prazo pode ser estendido.
A polícia vai requisitar os laudos sobre o acidente feitos pelo Instituto de Criminalística e pela Cetesb (Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental).
O prefeito Gilberto Kassab (PFL) disse que a CET estuda implantar uma norma que determinaria que todos os caminhões que entram na cidade com cargas de risco sejam acompanhados por uma equipe da CET no percurso. Segundo Kassab, essa medida pode ser implementada por meio de lei ou decreto do prefeito.
Para Kassab, o acidente ocorreu porque o Rodoanel ainda não está pronto. "Esse caminhão estava numa estrada e entrou em São Paulo para pegar outra estrada. O que não vai acontecer quando o Rodoanel estiver concluído."
Segundo ele, a empresa responsável pela carga terá que pagar toda a operação feita pela CET para minimizar os problemas.
O vazamento, apesar de ter atingido uma galeria de águas pluviais que desemboca no Pinheiros, não causou prejuízo a esse rio.
O solo e a galeria atingidos foram neutralizados com água sanitária, segundo a Cetesb.