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Jovem morre esfaqueado em bar dos Jardins
John Batista, 19, levou golpes de canivete no peito quando bebia cerveja com dois amigos; oito suspeitos foram presos
Polícia vai investigar se os agressores pertencem a algum grupo punk; nenhum dos detidos foi reconhecido como o autor dos golpes
KLEBER TOMAZ
DA REPORTAGEM LOCAL
MARTHA ALVES
DA AGÊNCIA FOLHA
Um garçom de 19 anos foi assassinado com golpes de canivete no peito após ser atacado
por um grupo de cerca de dez
jovens que iniciaram uma briga
anteontem à noite no bar em
que ele estava com amigos, nos
Jardins, área nobre na zona
oeste de São Paulo.
Foi o segundo crime com arma branca em duas semanas na
região dos Jardins -no dia 10
deste mês, o turista francês
Grégor Erwan Landouar, 35,
foi esfaqueado e morto por volta das 22h30 na alameda Franca, após a Parada Gay.
Por volta das 21h30 de sexta,
John Clayton Moreira Batista
bebia no bar Amarelinho com
Tatiana Polacow Augusto e Rafael Rodrigues de Oliveira.
Todos vinham do trabalho
-o Café Empório Armani, nas
imediações- e estavam nas
mesinhas da esquina da alameda Lorena com a Consolação.
O autor dos golpes ainda não
foi identificado e a arma não foi
localizada, mas oito suspeitos
foram presos e indiciados por
homicídio doloso.
Os detidos têm entre 15 e 21
anos -quatro são adolescentes,
entre eles duas garotas. Dois
suspeitos estão foragidos.
A Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância
também vai apurar o crime, investigando se os acusados pertencem a algum grupo punk.
PM e testemunhas dizem
que os agressores usavam coturnos e cabelo moicano.
O delegado do 78º DP, Marcos Gomes de Moura, diz que o
tumulto começou quando uma
adolescente de 17 anos pediu
um isqueiro a Rodrigues. Ele
disse que não tinha e Tatiana
emprestou o isqueiro à garota,
que saiu xingando Rodrigues.
Minutos depois, ela voltou ao
bar com o restante do grupo.
"Um dos caras mostrou o canivete e disse: "Vocês não sabem
com quem estão lidando". O
John foi esfaqueado quando
tentou fugir", disse Tatiana,
que não reconheceu nenhum
dos detidos como o assassino.
Foram presos o operador José Antonio da Silva, 21; os estudantes Felipe Navarro da Silva,
19, e Felipe de Lima Amorim,
18, e o mecânico William Claro
de Lima, 20.
Khaled Ali Fares, advogado
de quatro dos detidos (Felipe
Amorim e três adolescentes),
disse que seus clientes participaram da briga, mas negou envolvimento com o homicídio.
A reportagem não localizou o
advogado dos demais suspeitos. Segundo a polícia, todos
negam o crime.
A Secretaria da Segurança
Pública diz que dados de homicídios nos Jardins em 2007 estão sendo "revistos". Em 2006,
foram três assassinatos.
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