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Barni visita Suzane em sua volta à cadeia
Advogados da jovem entrarão com pedido de habeas corpus em razão da condenação pela morte do pai
FERNANDA BASSETTE
DA REPORTAGEM LOCAL
Depois de ser levada de volta
para o Centro de Ressocialização Feminino de Rio Claro (175
km de SP) e dormir por quase
12 horas, Suzane von Richthofen, 22, recebeu ontem a visita
de seu ex-tutor, Denivaldo Barni. "Ela comeu pizza, recebeu
uma mensagem do [advogado]
Mauro [Nacif], chorou várias
vezes e reclamou de dores no
pulso por ter ficado tanto tempo algemada", contou ele.
Na madrugada de sábado, a
jovem e os irmãos Cristian e
Daniel Cravinhos foram condenados pela morte dos pais dela,
em 2002. Por pouco a jovem
não foi absolvida da morte do
pai. Na mesma madrugada, foi
levada de volta à cadeia.
"Ela chegou em Rio Claro por
volta das 4h30 do sábado e dormiu até as 16h. Comeu alguma
coisa leve e voltou a dormir. Estava exausta. Ela também recebeu o conforto das colegas de
cela, que disseram ter feito
muita oração por ela durante o
julgamento", disse o ex-tutor.
Barni foi o único a visitá-la e
passou o domingo inteiro com a
jovem. Afirmou que Suzane
chorou várias vezes. "A situação dela hoje é outra. Ela tem
uma sentença. Antes, tinha a
expectativa de ser absolvida e
de não precisar voltar para a cadeia. Durante o dia nós conversamos sobre a infância dela e fizemos uma retrospectiva de tudo o que aconteceu nesse período. Ela disse que confiou e
continua confiando nos seus
advogados", afirmou Barni.
Habeas corpus
Mauro Otávio Nacif, um dos
advogados da jovem, disse ontem que deverá pedir um habeas corpus no Tribunal de
Justiça na quarta-feira solicitando a absolvição dela com relação à morte de seu pai.
"As coisas mudaram. Examinando de novo os quesitos, entendo que a Suzane foi absolvida da morte do pai. A maioria
dos jurados entendeu que ela
era influenciada psiquicamente pelo namorado. Eles queriam absolver a Suzane", disse.
A equipe de advogados que
defende a estudante vai se reunir amanhã para reler todos os
quesitos e decidir qual será a
estratégia do pedido. "Nós consideramos que a resposta dos
jurados é pela absolvição dela.
Se o tribunal entender da mesma forma, automaticamente
conseguirei reduzir a pena pela
metade", disse Nacif.
A aposentada Iolanda de Oliveira Toledo, 57, uma das juradas do caso, porém, não entende dessa forma. "A condenação
de Suzane foi uma resposta à
sociedade. A gente estava lá para assumir e fazer valer o que o
Tribunal do Júri e o Estado
precisam fazer para que não
ocorram crimes desse tipo."
Colaborou a Folha Online
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