São Paulo, quinta-feira, 24 de julho de 2008

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Laudo vê falha em brinquedo onde menino foi morto

Polícia aponta conserto improvisado com fita adesiva na janela do equipamento

Rafael Luis de Freitas Porfírio, 12, teve a sua cabeça prensada do lado de fora da janela de brinquedo em parque de Campinas


DA AGÊNCIA FOLHA, EM CAMPINAS

Laudo da Polícia Civil sobre a morte de um menino de 12 anos em um parque de diversões em Campinas (93 km de SP), no último dia 28, apontou que havia um conserto improvisado na janela do brinquedo onde ele morreu.
A perícia apontou a existência de um remendo com fita adesiva na janela de acrílico do banco do brinquedo "Buzz Lightyear" onde Rafael Luis de Freitas Porfírio estava sentado. Ele teve a cabeça prensada do lado de fora da atração, entre a janela e uma das barras externas que sustentam o aparelho.
Segundo a polícia, o menino morreu após ter a cabeça esmagada pelo sistema de pêndulos que faz a cabine do brinquedo girar. Ele sofreu traumatismo craniano e morreu no local.
A direção do parque "Magic World Park" -que não está mais instalado no local do acidente- foi procurada ontem, mas ninguém foi localizado para comentar a perícia.
Na ocasião do acidente, o gerente administrativo do parque, Walace Pinto da Costa, afirmou que a empresa não teve culpa na morte. Segundo ele, o acrílico que protege a janela do brinquedo estava intacto e foi quebrado pelo menino.
"O brinquedo nunca ofereceu risco e jamais houve qualquer acidente com o aparelho. É um brinquedo feito para crianças e infelizmente alguém deve ter empurrado o menino na janela para ocorrer o acidente", disse Costa, na época.
O gerente do parque disse na ocasião que o parque daria toda a assistência necessária à família do adolescente e que esperaria o resultado da perícia.
Após o acidente, uma prima de Rafael que estava sentada ao lado dele no brinquedo disse que a janela de acrílico já estava quebrada quando os dois entraram no aparelho.
Segundo o laudo da polícia, a identificação de uma fita adesiva transparente demonstrou que a janela do brinquedo estava colada de maneira improvisada. A Polícia Civil ainda vai ouvir representantes do parque para concluir o inquérito.


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