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Reino Unido cria serviço on-line de diagnóstico
VINÍCIUS QUEIROZ GALVÃO
DA REPORTAGEM LOCAL
O Reino Unido lançou ontem
um serviço de diagnóstico on-line para pacientes com suspeita da gripe suína.
Por telefone ou pela internet,
os britânicos são orientados sobre os sintomas da doença e,
em caso de confirmação, recebem um protocolo para que um
portador que não esteja contaminado vá ao serviço público de
saúde retirar os antivirais.
A procura pelo serviço no
primeiro dia foi tanta que, incapazes de receber mais de 1.200
acessos por segundo, os servidores ficaram fora do ar. A média foi de 2.600 internautas por
segundo. O site ficou indisponível até as 21h de ontem (madrugada em Londres).
Nos últimos sete dias, 55 mil
casos foram confirmados naquele país -a maioria em pacientes com menos de 14 anos,
o que, dizem as autoridades sanitárias, aumentou a pressão
sobre o sistema de saúde. Hoje,
são mais de 100 mil os doentes.
Desde o início da epidemia, o
Reino Unido já teve 30 mortos.
Segundo o Ministério da Saúde local, os 1.500 telefonistas
(outros 500 estão a postos e serão convocados de acordo com
a demanda) não receberam
treinamento médico.
Eles usam um programa de
computador para diagnosticar
a doença de acordo com o conjunto de sintomas apresentados pelo paciente.
Pela internet, as respostas ao
questionário on-line determinarão a confirmação do quadro
de infecção pela nova gripe.
Para o infectologista Caio
Rosenthal, do hospital Emílio
Ribas, esse modelo de diagnóstico não serve para o Brasil.
"Temos outra cultura bem
diferente, que é a da automedicação. Como o brasileiro gosta
de tomar remédio, pode exagerar nas respostas para consegui-lo. E o grande perigo de tomar o medicamento indiscriminadamente é causar resistência do vírus. Os casos têm de
ser bem selecionados", disse
Rosenthal.
NA INTERNET
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