São Paulo, domingo, 24 de julho de 2011

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São Paulo tem boom de salões de cabeleireiro

A boa onda econômica do país aumenta número de salões na cidade e paulistanos gastam mais com beleza

Capital paulista tem 8.420 estabelecimentos regularizados; mercado cresceu 44% no país entre 2002 e 2008

BRUNO RIBEIRO
CLARISSA FALBO
KÁTIA LESSA
MALU TOLEDO
DE SÃO PAULO

No ano passado, São Paulo ganhou um salão de cabeleireiro a cada 40 horas. Hoje, há 8.420 estabelecimentos regularizados e cerca de 30 mil clandestinos, segundo o sindicato do setor.
Com a economia acelerada, os gastos com cabeleireiros subiram 44% no país entre 2002 e 2008, segundo pesquisa da Fecomercio. Entre os paulistas, subiram 18%.
A reportagem visitou salões para mostrar como é feita a cabeça paulistana.

REVISTAS DE SONHO
Um BMW X5 está estacionado na frente da casa de dois andares no extremo sul da cidade. O dono do carro é o cliente mais antigo, mas não o mais famoso. Por ali, cortam seus cabelos Mano Brown e Jorge Ben Jor.
Um cliente lê na revista "Iate" uma reportagem sobre um espumante que custa US$ 580. "Aqui, o pessoal prefere essas revistas de barco, de carro, de sonho", conta o dono, Josyas Mendes, 34.

CARA DE MILIONÁRIA
"Eu gosto de deixar a mulher pobre com cara de rica. A rica com cara de milionária e a milionária com cara de triliardária." É assim que Wanderley Nunes descreve seu trabalho no Studio W, salão que ocupa o nono andar do shopping Iguatemi.
Entre os clientes, socialites, empresários e atrizes. Em média, gasta-se R$ 900 ali.
"Eu cobrava muito barato e tinha uma lista de espera de quase um ano. Fui aumentando o preço e distribuindo as clientes para a minha equipe", explica Nunes.

VINTAGE
Na rua Augusta, o Retrô e a Barbearia 9 de Julho ganham clientes com o ar vintage.
O dono do Retrô, Rogério Santos, 37, abandonou a área de telecomunicações para abrir o salão. "Ofereço balas 7 Belo e pirulitos para que as pessoas entrem no clima".
Na Barbearia 9 de Julho, entre fotos de Dita Von Teese e latas de brilhantina, os tatuados topetudos rockabilly manuseiam tesouras e navalhas com maestria.
Anderson Nápoles, 32, e Tiago Cecco, 30, começaram o negócio há quatro anos. Anderson aprendeu a cortar em Londres; Tiago praticou em barbearias do centro.
Aos sábados a unidade da Augusta tem fila na porta.

CABELEIRA POWER
No subsolo da Galeria do Rock homens e mulheres turbinam a cabeleira com penteados afro.
Maria Marlene Rodrigues, 61, a Nena, é irmã de Toninho Black Power, um dos pioneiros do black power em SP, fora do ramo há nove anos. "Tudo o que era "black power" saía daqui", diz ela.


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