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ENSINO SUPERIOR
Instituições terão de assegurar oferta de vaga no próximo vestibular
Acordo antecipa bolsa para aluno de escola pública
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
No dia em que está prevista a
votação do projeto de lei que cria
o Prouni (Programa Universidade para Todos) na comissão especial da Câmara dos Deputados, o
Ministério da Educação assina
um termo de cooperação com
instituições de ensino superior
para a aplicação da proposta já no
próximo vestibular.
De acordo com o documento a
ser firmado hoje pelo ministro
Tarso Genro (Educação) e as instituições, essas universidades se
comprometem a oferecer 10% de
suas vagas para alunos que fizeram o ensino médio em escolas
públicas. Entre as vagas, também
haverá uma cota para negros
(afrodescendentes) e indígenas,
segundo a assessoria do MEC.
Outras instituições assinarão
um termo de compromisso de
adesão ao Prouni para que o programa seja implementado após a
aprovação do projeto no Congresso, que ainda depende de votação na Câmara (comissão especial e plenário) e no Senado. O número de universidades que vão
aderir será divulgado hoje.
O Prouni é considerado pelo governo federal um dos principais
projetos para a "democratização
do ensino superior". Prevê a inclusão de alunos vindos da escola
pública em vagas de instituições
particulares de ensino superior
por meio de bolsas.
Ao enviar a proposta para a Câmara, o governo previa que 20%
da receita das filantrópicas (atualmente destinada à "gratuidade")
fosse transformada em vagas. Para as instituições com fins lucrativos que aderissem ao programa,
10% das vagas iriam para esses
alunos em troca da isenção de
quatro tributos federais.
A proposta foi modificada pelo
relator, deputado Irineu Colombo (PT-PR), após pressão das entidades que representam as instituições particulares, principalmente as filantrópicas.
O deputado Colombo abriu a
possibilidade de essas universidades destinarem 10% da receita em
bolsas integrais (vagas) e outros
10% em bolsas parciais.
Outro mudança do relator foi a
renda familiar per capita dos alunos beneficiados, que passou de
um salário mínimo para um salário mínimo e meio.
O substitutivo está previsto para
ser votado hoje na comissão especial e amanhã pelo plenário da
Câmara. O projeto ainda pode sofrer alterações.
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