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Para PM, confronto de sábado no Rio foi "heroico" e "casual"
Policiais que enfrentaram grupo de 60 criminosos que voltavam à favela da Rocinha receberão homenagem
A propósito do caso, Sergio Cabral diz que cenas do filme "Tropa de Elite" terminaram
em seu governo
DO RIO
A ação de quatro policiais
contra o grupo de bandidos
da favela da Rocinha que gerou a invasão do hotel Intercontinental, em São Conrado
(zona sul do Rio), foi "casual" e "heroica", segundo a
avaliação da Polícia Militar.
O comando da PM negou
ter havido um confronto anterior ao das 8h20 de sábado,
quando quatro policiais enfrentaram 60 criminosos que
voltavam à Rocinha após baile funk no vizinho Vidigal.
O comandante do 23º Batalhão da PM (Leblon), tenente-coronel Rogério Leitão, afirmou que os policiais
que iniciaram o confronto serão homenageados.
"Foi um ato de heroísmo.
Porque [se os policiais não tivessem agido] hoje eu teria
que justificar o motivo de um
grupo de pessoas armadas
passarem em frente a uma
viatura sem fazer nada."
Segundo Leitão, a inteligência da PM tinha a informação sobre uma festa no final de semana no morro do
Urubu (zona norte), local de
atuação da facção criminosa
ADA (Amigos dos Amigos), a
mesma da Rocinha e do Vidigal. Por isso, o patrulhamento em áreas em que o grupo
age foi reforçado.
Após o confronto, dez bandidos armados invadiram o
hotel e fizeram 35 reféns, mas
foram presos após uma negociação com a PM.
SEM "TROPA DE ELITE"
Questionado ontem sobre
o que seu governo fez para
impedir ações criminosas como a de sábado no hotel Intercontinental, o governador
Sérgio Cabral (PMDB) candidato à reeleição, disse que as
cenas exibidas no filme "Tropa de Elite" (2007) acabaram
em seu governo.
"Aquela cena do político
negociando o comando do
batalhão acabou. Aquela cena do carro da PM caindo aos
pedaços e o comandante tendo que pedir favor ao comerciante acabou. E aquela ação
do Bope [Batalhão de Operações Especiais] subindo comunidades, enfrentando
[bandidos]", afirmou.
"O personagem capitão
Nascimento retornando para
casa cada vez mais neurótico
porque não via solução [acabou]. Hoje tem solução",
acrescentou Cabral.
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