São Paulo, terça-feira, 24 de agosto de 2010

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Para PM, confronto de sábado no Rio foi "heroico" e "casual"

Policiais que enfrentaram grupo de 60 criminosos que voltavam à favela da Rocinha receberão homenagem

A propósito do caso, Sergio Cabral diz que cenas do filme "Tropa de Elite" terminaram em seu governo

DO RIO

A ação de quatro policiais contra o grupo de bandidos da favela da Rocinha que gerou a invasão do hotel Intercontinental, em São Conrado (zona sul do Rio), foi "casual" e "heroica", segundo a avaliação da Polícia Militar.
O comando da PM negou ter havido um confronto anterior ao das 8h20 de sábado, quando quatro policiais enfrentaram 60 criminosos que voltavam à Rocinha após baile funk no vizinho Vidigal.
O comandante do 23º Batalhão da PM (Leblon), tenente-coronel Rogério Leitão, afirmou que os policiais que iniciaram o confronto serão homenageados.
"Foi um ato de heroísmo. Porque [se os policiais não tivessem agido] hoje eu teria que justificar o motivo de um grupo de pessoas armadas passarem em frente a uma viatura sem fazer nada."
Segundo Leitão, a inteligência da PM tinha a informação sobre uma festa no final de semana no morro do Urubu (zona norte), local de atuação da facção criminosa ADA (Amigos dos Amigos), a mesma da Rocinha e do Vidigal. Por isso, o patrulhamento em áreas em que o grupo age foi reforçado.
Após o confronto, dez bandidos armados invadiram o hotel e fizeram 35 reféns, mas foram presos após uma negociação com a PM.

SEM "TROPA DE ELITE"
Questionado ontem sobre o que seu governo fez para impedir ações criminosas como a de sábado no hotel Intercontinental, o governador Sérgio Cabral (PMDB) candidato à reeleição, disse que as cenas exibidas no filme "Tropa de Elite" (2007) acabaram em seu governo.
"Aquela cena do político negociando o comando do batalhão acabou. Aquela cena do carro da PM caindo aos pedaços e o comandante tendo que pedir favor ao comerciante acabou. E aquela ação do Bope [Batalhão de Operações Especiais] subindo comunidades, enfrentando [bandidos]", afirmou.
"O personagem capitão Nascimento retornando para casa cada vez mais neurótico porque não via solução [acabou]. Hoje tem solução", acrescentou Cabral.


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