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São Paulo, quarta-feira, 24 de setembro de 2003

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EDUCAÇÃO

Em palestra na Câmara, Cristovam Buarque voltou a incentivar estudantes a protestar pelo aumento dos recursos para o setor

Ministro agora sugere apitaço por mais verba

RANIER BRAGON
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O ministro da Educação, Cristovam Buarque, voltou ontem a cobrar mais verbas para a educação e a incentivar estudantes a protestar pelo aumento dos recursos que são destinados para o setor.
"O José Dirceu [ministro-chefe da Casa Civil] não estaria disposto a ouvir apito? Claro que está. Pode não ceder aos apitos, aí é uma questão política", disse em resposta à pergunta de um aluno.
O ministro fez palestra na Semana Nacional de Políticas Públicas de Juventude, realizada pela Câmara dos Deputados.
Cristovam contou que chegou a sugerir ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva o cancelamento do abatimento no Imposto de Renda de gastos com educação. "Poderíamos ter R$ 3 bilhões a mais na educação pública, rapidinho, se a gente acabasse com a isenção no IR para pagar a escola particular da classe média. Alguém está disposto a brigar por isso?", perguntou à platéia.
"É uma briga boa. O presidente perguntou, quando fui levar essa idéia para ele: "Você tá louco? É possível a gente enfrentar todo esse problema?". Eu dei uma recuada. Não sei politicamente as consequências disso", afirmou.
Cristovam disse ainda se sentir "envergonhado" em relação ao Fundef, que financia o ensino fundamental. "Sempre disse que nesse governo não pode ter fingimento. Eu me sinto envergonhado porque não podemos aumentar o valor do Fundef. Estamos pagando hoje, em termos reais, menos do que FHC pagava."


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