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EDUCAÇÃO
Em palestra na Câmara, Cristovam Buarque voltou a incentivar estudantes a protestar pelo aumento dos recursos para o setor
Ministro agora sugere apitaço por mais verba
RANIER BRAGON
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O ministro da Educação, Cristovam Buarque, voltou ontem a cobrar mais verbas para a educação
e a incentivar estudantes a protestar pelo aumento dos recursos
que são destinados para o setor.
"O José Dirceu [ministro-chefe
da Casa Civil] não estaria disposto
a ouvir apito? Claro que está. Pode
não ceder aos apitos, aí é uma
questão política", disse em resposta à pergunta de um aluno.
O ministro fez palestra na Semana Nacional de Políticas Públicas de Juventude, realizada pela
Câmara dos Deputados.
Cristovam contou que chegou a
sugerir ao presidente Luiz Inácio
Lula da Silva o cancelamento do
abatimento no Imposto de Renda
de gastos com educação. "Poderíamos ter R$ 3 bilhões a mais na
educação pública, rapidinho, se a
gente acabasse com a isenção no
IR para pagar a escola particular
da classe média. Alguém está disposto a brigar por isso?", perguntou à platéia.
"É uma briga boa. O presidente
perguntou, quando fui levar essa
idéia para ele: "Você tá louco? É
possível a gente enfrentar todo esse problema?". Eu dei uma recuada. Não sei politicamente as consequências disso", afirmou.
Cristovam disse ainda se sentir
"envergonhado" em relação ao
Fundef, que financia o ensino
fundamental. "Sempre disse que
nesse governo não pode ter fingimento. Eu me sinto envergonhado porque não podemos aumentar o valor do Fundef. Estamos
pagando hoje, em termos reais,
menos do que FHC pagava."
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