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TRÂNSITO
Assim como ônibus, automóveis passaram a andar mais rápido com novo túnel e corredor; em alguns trechos, velocidade caiu
Carros ganham até 10 minutos na Rebouças
ALENCAR IZIDORO
VICTOR RAMOS
FERNANDA MENA
DA REPORTAGEM LOCAL
Assim como os ônibus, os automóveis também tiveram alguma
melhoria na fluidez na av. Rebouças depois da inauguração do túnel sob a Brigadeiro Faria Lima e
do corredor Passa Rápido na faixa
da esquerda, ocorrida há dez dias.
Mas a economia de tempo dos
motoristas em relação ao período
anterior às obras ainda é pequena
pela manhã e não se estende a todos os trechos da via. Houve casos
em que a velocidade dos carros
chegou até a ter redução.
Essas indicações são resultado
de duas medições detalhadas do
trânsito nos 4,35 km do eixo Eusébio Matoso/Rebouças, feitas pela
CET (Companhia de Engenharia
de Tráfego) em dias úteis de maio
de 2003 e ontem, quando a Folha
acompanhou os trabalhos dos
técnicos das 7h às 20h.
O tempo médio pela manhã
-das 7h às 11h- para andar por
toda a extensão da avenida no
sentido bairro-centro foi de 16
minutos e 13 segundos, queda de
só 2 minutos e 5 segundos em relação à medição de 16 meses atrás.
À tarde e à noite -das 16h às
20h-, no sentido centro-bairro,
essa duração foi de 12 minutos e
15 segundos, contra 22 minutos e
53 segundos em maio de 2003.
Esses intervalos servem apenas
como parâmetros de dias típicos
desse eixo (com pequenas interferências, como a quebra de veículos), já que a lentidão do trânsito
tem componentes imprevisíveis.
Essa redução de apenas dois minutos no tempo de quem geralmente vai ao trabalho e de dez minutos de quem volta é atribuída
principalmente à liberação da
passagem subterrânea de R$ 97,4
milhões, construída em 2004 pela
gestão Marta Suplicy (PT). A obra
foi alvo de críticas de alguns especialistas, que esperavam efeitos limitados e criticavam a priorização ao transporte individual.
O túnel e a faixa exclusiva de
ônibus foram inaugurados às vésperas das eleições, de forma improvisada -como uma passarela
e um elevador que levam ao canteiro central e que foram trocados
após quebras e reclamações de insegurança por parte de pacientes
do Hospital das Clínicas.
A prefeitura rebate as contestações dos especialistas alegando
que a verba, por ser da Operação
Urbana Faria Lima, não poderia
ser usada em outra região, e que
também construiu um corredor
de ônibus que reduziu pela metade a duração da viagem de coletivo da zona sul ao centro -de 80
para 40 minutos.
O secretário de Projetos Especiais da prefeitura, Valdemir Garreta, afirma que a redução de tempo nas viagens de carro justifica
os gastos no túnel -apesar da
piora da lentidão em alguns trechos e da tendência de aumento
da frota, fenômeno que tende a
minimizar, no decorrer dos anos,
as vantagens da obra. Somente de
maio de 2003 para cá, a cidade ganhou 200 mil veículos.
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