São Paulo, domingo, 24 de setembro de 2006

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Distrito inundado para implantação de usina é descoberto por mergulhadores

DA FOLHA RIBEIRÃO

Quebra-Chifre é outro vilarejo de Minas que sofreu os efeitos de uma hidrelétrica da Cemig. Só que não está à venda. Essa vila, que há 35 anos abrigava cerca de 300 pessoas, está no fundo do rio Grande, às vésperas de se tornar roteiro turístico de mergulho.
Os moradores viviam da agricultura de subsistência e da pecuária. O local foi inundado para a implantação da usina hidrelétrica Volta Grande.
O fundo do rio está sendo mapeado por um grupo de mergulhadores de São Joaquim da Barra e Ituverava, que já descobriu o que sobrou das antigas casas, da escola, do armazém, do açougue e de um curral de Quebra-Chifre.
Os mergulhadores, entre eles o fazendeiro Manuel Pontes Junior, 46, começaram a descobrir a vila pelo armazém, que hoje ainda mantém as paredes intactas. A cerca de 15 m de profundidade é possível encontrar garrafas de bebidas, caixas com cervejas e copos.
"[O vilarejo] era um lugar pequeno e todo mundo se conhecia. Quando tudo foi inundado ficamos muito tristes, mas hoje é até bonito olhar toda aquela água", disse a aposentada Alayde Souza Tosta, 92.
As famílias que perderam suas casas foram indenizadas pela Cemig.


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