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Terapia com hormônios atua contra os incômodos físicos característicos
DA REPORTAGEM LOCAL
Cerca de 80% das mulheres
sentem sintomas da menopausa, que ocorre, em média, aos
48 anos. Muitos desses incômodos podem atrapalhar a vida
sexual da mulher.
O ovário pára de produzir os
estrogêneos, que são os hormônios femininos. Também há
uma queda acentuada na produção de testosterona, responsável pelo desejo. Pode haver
uma atrofia genital. Pequenos e
grandes lábios ficam menores,
e a mucosa que reveste o canal
vaginal deixa de ser espessa,
elástica e lubrificada, tornando-se fina e seca. Com isso, pode haver dor na relação.
Para as mulheres cuja qualidade de vida é abalada, a terapia
hormonal pode ser indicada.
"Ela traz inúmeras vantagens,
mas alguns riscos. É o caso de
colocar na balança", diz o ginecologista César Eduardo Fernandes, presidente da Comissão Científica da Associação
Brasileira do Climatério. Na terapia é receitado estrogênio associado à progesterona e pode
ocorrer também a reposição de
testosterona.
"Com a terapia, você pode
auxiliar muito, deixando com
condições parecidas com quando os ovários funcionavam.
Mas se a relação está deteriorada, o companheiro não consegue ser atrativo, o vínculo está
ruim, a sexualidade está ligada
à fertilidade, não há hormônio
que resolva sozinho."
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