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Ladrões usam carro para invadir loja no Itaim Bibi
Foi o 14º ataque desse tipo desde maio, segundo levantamento da reportagem
Após destruir a vitrine da loja Everlast, na rua João Cachoeira, grupo furtou roupas e relógios, causando um prejuízo de R$ 80 mil
TALITA BEDINELLI
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
KLEBER TOMAZ
DA REPORTAGEM LOCAL
Uma loja de artigos esportivos do Itaim Bibi (zona oeste de
São Paulo) teve a vitrine arrombada com o uso de um carro na madrugada de ontem, por
ladrões que levaram R$ 80 mil
em roupas e relógios.
Foi o 14º ataque do tipo registrado desde maio na cidade, segundo levantamento feito pela
Folha a partir de informações
de donos de lojas e policiais.
Foram relatadas também duas
tentativas de invasão.
Os casos, atribuídos a um
grupo chamado pela polícia de
"gangue da batida" ou "gangue
da marcha a ré", ocorreram nos
bairros de Itaim, Campo Belo,
Moema e Pinheiros. Alguns
não estão nas estatísticas da
polícia porque os donos não fizeram boletim de ocorrência.
A Secretaria da Segurança
confirma a existência de casos
parecidos, que estão sob investigação, mas diz não saber
quantos foram, em que áreas e
nem se foram realizados pelo
mesmo grupo.
O furto de ontem aconteceu
na loja Everlast, na rua João
Cachoeira. Segundo testemunhas, por volta das 2h40 um
Peugeot 206 bateu duas vezes
contra a vitrine da loja até quebrar o vidro e uma grade de aço.
Em seguida, um grupo de pelo menos dez pessoas, que aparentavam ter entre 20 e 25
anos, de acordo com a polícia,
invadiu a loja e furtou roupas e
relógios. Algumas peças custavam entre R$ 1.200 e R$ 2.000.
Depois do furto, que durou
cerca de 10 minutos, os criminosos fugiram no Peugeot 206
e em um Gol prata, que esperava em frente à loja. A polícia
acredita que os dois veículos sejam furtados. A loja tem seguro.
Ao chegar à loja, ainda de madrugada, o gerente financeiro
da Everlast, Sidney Marreiros
Filho, encontrou uma calça suja de sangue. O material será
entregue para a perícia.
A loja é equipada com quatro
câmeras internas de monitoramento. As imagens foram enviadas para a polícia. Ninguém
havia sido preso até a conclusão
desta edição.
Segundo Marreiros Filho, esse foi o segundo furto do tipo
ocorrido na Everlast neste ano.
Em maio, ladrões invadiram a
loja também com a ajuda de um
carro e levaram roupas e relógios, no valor de R$ 70 mil.
Bloqueio
Os ladrões costumam agir
sempre da mesma maneira.
Durante a madrugada, bloqueiam a rua com alguns veículos e arrebentam a entrada das
lojas com um carro. O tempo é
controlado. Os criminosos utilizariam até radiocomunicadores, segundo a polícia.
No dia que antecede o ataque, os ladrões vão ao local para
fazer uma espécie de pesquisa
de campo, segundo a polícia.
Segundo policiais ouvidos
pela reportagem, três pessoas
que fariam parte do mesmo
grupo foram presas em duas
ocasiões diferentes com roupas
roubadas. A Secretaria da Segurança Pública nega as prisões.
Colaborou o "Agora"
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