São Paulo, segunda-feira, 24 de outubro de 2005

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Ministro diz que referendo não avalia gestão Lula

DA REPORTAGEM LOCAL

O ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, afirmou ontem, após votar com um button do "sim", que o resultado do referendo pela proibição do comércio de armas de fogo e munição não está relacionado à aprovação ou desaprovação do governo do presidente Lula.
"Não vejo como isso possa ser um plebiscito a favor ou contra ao governo. A eleição que vai julgar o governo do presidente Lula vai ser no ano que vem", declarou Bastos.
O ministro votou ontem às 11h na escola Ministro Costa Manso, na Vila Nova Conceição (zona oeste de São Paulo). Bastos ressaltou que o resultado do referendo não mudaria a política pública do governo na fiscalização e no controle da venda de armas de fogo.
"A vitória do "sim" seria apenas um aprofundamento, ou seja, seria proibido vender armas e munição. Se der o "não", nós vamos continuar da mesma maneira, fiscalizando rigorosamente", afirmou Bastos.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, acompanhado da primeira-dama, Marisa Letícia, votou pelo "sim" ontem, em São Bernardo do Campo. Lula chegou à Escola Estadual João Firmino Correia de Araújo às 11h27. Lula acenou para os repórteres, que foram impedidos de acompanhar a votação.
Ao sair, a primeira-dama voltou a fazer com os dedos o número dois, evidenciando que o casal votou pela proibição do comércio de armas e munição no país. Lula, ao sair, disse que, para ele, "uma pessoa comum ter armas não vai dar segurança". E revelou sua opção: "Por isso eu votei no 'sim". Agora, a vontade do povo é soberana."


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