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Ministro diz que referendo não avalia gestão Lula
DA REPORTAGEM LOCAL
O ministro da Justiça, Márcio
Thomaz Bastos, afirmou ontem, após votar com um button
do "sim", que o resultado do
referendo pela proibição do comércio de armas de fogo e munição não está relacionado à
aprovação ou desaprovação do
governo do presidente Lula.
"Não vejo como isso possa
ser um plebiscito a favor ou
contra ao governo. A eleição
que vai julgar o governo do
presidente Lula vai ser no ano
que vem", declarou Bastos.
O ministro votou ontem às
11h na escola Ministro Costa
Manso, na Vila Nova Conceição (zona oeste de São Paulo).
Bastos ressaltou que o resultado do referendo não mudaria a
política pública do governo na
fiscalização e no controle da
venda de armas de fogo.
"A vitória do "sim" seria apenas um aprofundamento, ou
seja, seria proibido vender armas e munição. Se der o "não",
nós vamos continuar da mesma maneira, fiscalizando rigorosamente", afirmou Bastos.
O presidente Luiz Inácio Lula
da Silva, acompanhado da primeira-dama, Marisa Letícia,
votou pelo "sim" ontem, em
São Bernardo do Campo. Lula
chegou à Escola Estadual João
Firmino Correia de Araújo às
11h27. Lula acenou para os repórteres, que foram impedidos
de acompanhar a votação.
Ao sair, a primeira-dama voltou a fazer com os dedos o número dois, evidenciando que o
casal votou pela proibição do
comércio de armas e munição
no país. Lula, ao sair, disse que,
para ele, "uma pessoa comum
ter armas não vai dar segurança". E revelou sua opção: "Por
isso eu votei no 'sim". Agora, a
vontade do povo é soberana."
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