São Paulo, quarta-feira, 24 de outubro de 2007

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Técnico aprova fiscalização rigorosa, mas critica prioridades

DA REPORTAGEM LOCAL

Embora seja impopular, a fiscalização mais rígida no trânsito tem a aprovação da maioria dos especialistas, que vê na medida uma das maneiras de contenção dos acidentes e mortes de trânsito no país.
Há questionamentos, no entanto, em relação ao foco da fiscalização realizada pela CET.
Só seis enquadramentos (rodízio, excesso de velocidade, estacionamento, celular, semáforo vermelho e cinto de segurança) concentram mais de 90% das multas, enquanto outras que também podem afetar a segurança são quase ignoradas.
O especialista Horário Augusto Figueira é um desses críticos. Um estudo dele já apontou que só uma a cada 10 mil infrações cometidas no trânsito de São Paulo é alvo de multa.
Em setembro, ele apresentou uma pesquisa com a Abramet (Associação Brasileira de Medicina de Tráfego) mostrando que 628 veículos monitorados na capital paulista tiveram média de mais de uma infração a cada dois minutos.
No trabalho, foi feito um acompanhamento aleatório de cada veículo por cinco minutos ou dois quilômetros. Do total, 82% cometeram ao menos uma infração, e a de maior incidência, cometida por 67%, foi a falta de seta na mudança de faixa -que contribui para acidentes com motos, por exemplo.
Nenhum dos 628 veículos, porém, havia tomado nem sequer uma multa por esse motivo no intervalo de um ano.
"Há um problema de foco. O rodízio, por exemplo, não afeta a segurança, não deve ser prioridade", diz.


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