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Técnico aprova fiscalização rigorosa, mas critica prioridades
DA REPORTAGEM LOCAL
Embora seja impopular, a fiscalização mais rígida no trânsito tem a aprovação da maioria
dos especialistas, que vê na medida uma das maneiras de contenção dos acidentes e mortes
de trânsito no país.
Há questionamentos, no entanto, em relação ao foco da fiscalização realizada pela CET.
Só seis enquadramentos (rodízio, excesso de velocidade, estacionamento, celular, semáforo vermelho e cinto de segurança) concentram mais de 90%
das multas, enquanto outras
que também podem afetar a segurança são quase ignoradas.
O especialista Horário Augusto Figueira é um desses críticos. Um estudo dele já apontou que só uma a cada 10 mil infrações cometidas no trânsito
de São Paulo é alvo de multa.
Em setembro, ele apresentou
uma pesquisa com a Abramet
(Associação Brasileira de Medicina de Tráfego) mostrando
que 628 veículos monitorados
na capital paulista tiveram média de mais de uma infração a
cada dois minutos.
No trabalho, foi feito um
acompanhamento aleatório de
cada veículo por cinco minutos
ou dois quilômetros. Do total,
82% cometeram ao menos uma
infração, e a de maior incidência, cometida por 67%, foi a falta de seta na mudança de faixa
-que contribui para acidentes
com motos, por exemplo.
Nenhum dos 628 veículos,
porém, havia tomado nem sequer uma multa por esse motivo no intervalo de um ano.
"Há um problema de foco. O
rodízio, por exemplo, não afeta
a segurança, não deve ser prioridade", diz.
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