ESTÊVÃO BERTONI
DA REPORTAGEM LOCAL

A rua de número 483 projetada em Santos, no litoral de SP, ganhou em 1956 o nome do político João Carvalhal Filho, ex-vereador, deputado estadual e federal, que deixou, ao todo, sete filhos.
Entre eles, o caçula foi Silvio Carvalhal, que morreu na segunda, aos 91, em Campinas (SP), de "causas naturais", segundo a família.
Silvio, por sua vez, deixou seis filhos, 14 netos e 15 bisnetos. É a filha Marta quem conta a aventura vivida pelo pai: em 1960, médico havia 20 anos pela Escola Paulista de Medicina, ele foi a Boston, nos EUA, fazer especialização em patologia. Levou a mulher e os filhos (cinco, até então) numa viagem que durou nada menos do que 24 horas num "avião de hélice".
Os meios de transporte se aperfeiçoaram desde então, mas foi só ao completar 85 que Silvio decidiu parar de se aventurar ao volante. Quem passou a levá-lo para cima e para baixo foi uma das filhas.
Teve uma vida empenhada na formação de "médicos completos", como gostava de dizer ao ressaltar a importância do clínico-geral.
No final dos anos 60, foi diretor da faculdade de ciências médicas da Unicamp. Mas foi na PUC de Campinas onde mais se dedicou à docência, tendo sido um dos fundadores do curso de medicina da universidade.
Recentemente, gostava de recitar aos filhos poemas de Martins Fontes, velho amigo de seu pai, o vovô Bimbim (para os netos) que acabou dando nome à rua de Santos.

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