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PM se une a moradores e ergue única biblioteca de bairro da zona sul de SP
CRISTINA MORENO DE CASTRO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Um cômodo de 40 m2, cercado por paredes coloridas
com grafites, faz parte da paisagem do Jardim Ranieri, zona sul de São Paulo, desde
agosto do ano passado. Dentro, 7.000 livros doados pela
comunidade, que também
ofereceu material de construção e mão de obra para erguer
o que hoje é a biblioteca da
base local da Polícia Militar.
Ela funciona em terreno ao
lado da base, antes ocioso.
Duas voluntárias fazem o
atendimento e os 22 PMs da
base gerenciam o projeto.
É a única para uma população de 52 mil habitantes, que,
até então, tinha de se deslocar 12 km para retirar livros
da biblioteca mais próxima,
no bairro de Santo Amaro.
A base fica perto de três escolas estaduais -sem bibliotecas- e recebia queixas de
pais que não tinham acesso à
informação. "Havia evasão
escolar, ociosidade, falta de
local para fazer pesquisa, lan
houses clandestinas", listou o
sargento Milton Silva, comandante da base.
O projeto, finalista no prêmio Vivaleitura, dos ministérios da Educação e da Cultura, foi posto em prática sem
verba do Estado. Quem o
mantém em funcionamento
são comerciantes e moradores da região -72 homenageados na placa da parede.
Silva estima que, dos cem
atendimentos diários na base, 40 são de retiradas de livros na biblioteca, que hoje
tem 1.789 usuários cadastrados. Há, ainda, 70 acessos
diários à internet nos seis
computadores do local.
Os gibis têm mais saída.
São os favoritos de Jefferson
Silva, 11, que também gosta
de enciclopédias -"a parte de
bichos". Ele fez ficha há dois
meses e fez 72 retiradas.
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