DA REPORTAGEM LOCAL

De matemática a história, todas as 12 questões da prova da primeira fase da Unicamp realizada ontem tiveram como tema "as cidades". As três propostas de redação que o estudante poderia escolher também eram sobre o assunto.
Em biologia, uma questão pedia para que o estudante explicasse como as plantas das áreas verdes dos centros urbanos participam do ciclo hídrico e qual seria o destino da água da chuva se não fosse aproveitada pelas plantas. Em física, o estudante teria de analisar um gráfico sobre o fenômeno das "ilhas urbanas de calor".
A prova foi considerada simples pelos professores do cursinho Objetivo, que disseram que boa parte das questões era semelhante às trabalhadas em salas de aula. As duas perguntas de matemática, segundo Gregório Krikorian, poderiam ser respondidas por "um aluno de ginásio bem preparado", já que só foram cobrados raciocínios aritméticos.
Mais do que cálculos ou conhecimentos complexos, a primeira fase avaliou a capacidade de interpretar textos e de lidar com informações fornecidas em forma de tabelas e gráficos.
O tema da redação, apesar de fazer parte do cotidiano dos vestibulandos, foi considerado muito amplo pelo professor do Objetivo Fernando Teixeira de Andrade. "A maior dificuldade era fixar um eixo, fechar o tema", disse. Ele considerou a proposta menos elaborada do que nos anos anteriores. "Não que estivesse ruim, mas a redação da Unicamp sempre foi considerada exemplar por nós, mas, neste ano, houve uma diminuição na qualidade."
A candidata de medicina Adriana Mandia Martirani, 18, não considerou a prova muito complicada, já que todas as questões tinham um ou dois itens de resposta imediata, o que já garantia alguns pontos.
Dos 50.549 inscritos, 3,08% não compareceram à primeira fase. Raquel Santana da Cruz, 23, chegou ao local em que deveria ter feito a prova, próximo ao metrô Saúde, pouco depois do fechamento dos portões. Ela saiu às 11h30 de sua casa, no Butantã, mas erro o local da prova.



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