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Max Mangels, o herdeiro dos baldes
WILLIAN VIEIRA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Max Ernst Mangels era o
"seo Max" para todos os funcionários da Mangels, empresa de galvanização que
herdara do pai, passara ao filho e à qual se dedicara por
mais de 50 anos.
Nascido em São Paulo,
Mangels foi para os Estados
Unidos estudar engenharia
mecânica, em 1945. De volta
ao Brasil, foi logo trabalhar
na empresa do pai -que veio
da Alemanha nos anos 1920
para trabalhar com galvanização na Mooca -onde viu
que as pessoas, na falta de
encanamentos, carregavam
água em baldes importados,
que eram caros e enferrujavam. Um insight e estava fazendo baldes galvanizados,
cujo banho de zinco fazia o
aço "durar para sempre".
Mangels, o filho, começou
na empresa aos 25 anos como engenheiro e anos depois
já era o presidente -foi com
sua "segunda geração" que a
empresa passou a produzir,
nos anos 1950, rodas e autopeças. Mas os galvanizados
não seriam abandonados.
Por 45 anos ele se dedicou
também à Associação Cristã
de Moços -chegou a ser eleito "voluntário do ano", religioso que era. No domingo,
como sempre, ele foi à igreja
presbiteriana, falou com os
amigos, sorriu bastante.
E morreu na madrugada
seguinte, em casa, aos 84
anos, quando "o coração simplesmente parou enquanto
dormia". Tinha três filhos e
quatro netos.
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