São Paulo, sábado, 24 de novembro de 2007

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Max Mangels, o herdeiro dos baldes

WILLIAN VIEIRA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Max Ernst Mangels era o "seo Max" para todos os funcionários da Mangels, empresa de galvanização que herdara do pai, passara ao filho e à qual se dedicara por mais de 50 anos.
Nascido em São Paulo, Mangels foi para os Estados Unidos estudar engenharia mecânica, em 1945. De volta ao Brasil, foi logo trabalhar na empresa do pai -que veio da Alemanha nos anos 1920 para trabalhar com galvanização na Mooca -onde viu que as pessoas, na falta de encanamentos, carregavam água em baldes importados, que eram caros e enferrujavam. Um insight e estava fazendo baldes galvanizados, cujo banho de zinco fazia o aço "durar para sempre".
Mangels, o filho, começou na empresa aos 25 anos como engenheiro e anos depois já era o presidente -foi com sua "segunda geração" que a empresa passou a produzir, nos anos 1950, rodas e autopeças. Mas os galvanizados não seriam abandonados.
Por 45 anos ele se dedicou também à Associação Cristã de Moços -chegou a ser eleito "voluntário do ano", religioso que era. No domingo, como sempre, ele foi à igreja presbiteriana, falou com os amigos, sorriu bastante.
E morreu na madrugada seguinte, em casa, aos 84 anos, quando "o coração simplesmente parou enquanto dormia". Tinha três filhos e quatro netos.


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