São Paulo, segunda-feira, 24 de novembro de 2008

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ANTÔNIO BONI (1926-2008)

Os táxis de Boni rodaram com álcool

ESTÊVÃO BERTONI
DA REPORTAGEM LOCAL

No começo dos anos 1980, após crise do petróleo, toda a frota de Antônio Boni parou. O preço exorbitante da gasolina impedia que seus táxis rodassem por São Paulo.
Boni quis virar o jogo: converteu todos os carros para o álcool. "Ele foi um dos primeiros a apostar no combustível", lembra o filho.
Filho de agricultores nascido em Presidente Prudente, a 558 km de SP, Boni -como era chamado- veio à capital paulista aos 16 anos, sozinho. Depois que se estabilizou na cidade, parte de seus irmãos seguiu seu exemplo.
Começou como aprendiz e, com o passar do tempo, tornou-se mecânico de automóveis na Mooca, na zona leste de São Paulo. "Sempre apareciam muitos taxistas na oficina, e ele passou a se interessar pela profissão.
Naquela época [década de 1950], o motorista ainda era chamado de chofer", conta o filho. E era exatamente chofer o que Boni queria ser.
Com o primeiro carro que comprou, trabalhava num ponto da praça da República (centro). Depois, começou a comprar mais e mais carros e montou uma frota. Nos anos 70, com uma lei baixada para regularizar o setor, montou uma empresa, a Táxi Belém. Atualmente, trabalhava com cerca de 120 automóveis.
Boni morreu na segunda, aos 82, em conseqüência de um câncer. Deixa viúva, cinco filhos e dez netos.
A missa de sétimo dia será realizada hoje, às 19h30, na igreja Cristo Rei, no Tatuapé, zona leste de São Paulo.

obituario@grupofolha.com.br


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