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Candidatura de Pitta quase
causou a separação do casal
da Reportagem Local
No início de 1995, Celso Pitta
contou a Nicéa que iria se filiar ao
PPB, pois Maluf dissera que gostaria que ele fosse um dos pré-candidatos a prefeito.
Conversavam no carro na avenida Faria Lima. Quando o farol fechou, Nicéa abriu a porta, desceu
correndo e entrou num táxi.
"Disse que seria o fim do nosso
relacionamento", contou Nicéa.
Ao chegar em casa, estava mais
calma. Aos poucos, foi se acostumando com a idéia. Hoje, considera "que é um prazer ser a primeira-dama de São Paulo".
Além de conselheira de Pitta -
"vejo coisas que ele não percebe"- Nicéa é a presidente de
honra do Casa (Centro de Apoio
Social e Atendimento).
Desde o início do mês, ela se dedica a distribuir cestas de natal e
decorar praças da cidade. Do seu
gabinete -onde há uma foto sua
com a mulher de Calim Eid, tesoureiro de campanhas de Maluf-,
Nicéa telefona para empresários
pedindo doações para os projetos.
Em cena, lembra Maluf, que, nas
inaugurações, costumava meter o
dedo em tudo, mudando placas de
lugar, invertendo o sentido de
ruas etc. Nicéa determina a hora
do hino nacional, inspeciona banheiros e comanda os aplausos.
Na última segunda-feira, Nicéa
visitou crianças de um centro de
juventude da zona sudeste.
Ao chegar, foi logo perguntando
aos garotos que se acotovelavam.
"Quem gosta do Pitta?", disse.
"Eu", respondeu a maioria.
"Quem não gosta?", retrucou.
Dois levantaram a mão.
Abraçando um deles, Nicéa quis
saber o motivo. "Ele prometeu
muita coisa e não cumpriu. Disse
que ia tirar os mendigos da rua",
afirmou Danilo Primo de Oliveira.
Nicéa defendeu o marido. "Mas
estamos tirando". Vendo que o
garoto não se convencia, continuou: "Vamos tirar, agora a promessa é minha."
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