São Paulo, sábado, 25 de janeiro de 2003 |
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PRAIA GRANDE Vítimas caíram de altura de 8 m após equipamento de parque de diversões, em pane, voltar a funcionar; há 4 internados Brinquedo que derrubou 5 é interditado
FAUSTO SIQUEIRA DA AGÊNCIA FOLHA, EM SANTOS A Prefeitura de Praia Grande (litoral sul de São Paulo) interditou ontem o brinquedo "space loop", que na noite anterior havia tido problemas mecânicos, causando a queda de um adulto, uma criança e três adolescentes de uma altura de cerca de oito metros, no parque de diversões montado na praia do Jardim Guilhermina. O acidente ocorreu quando os jovens e a criança eram retirados por um funcionário, depois que uma pane paralisou o brinquedo, que gira em torno do próprio eixo e é controlado por computador. Durante a remoção, o brinquedo voltou a funcionar e derrubou as cinco vítimas, que já estavam sem coletes de proteção. O caso mais grave é o de Pâmela Araújo, 15, de São Paulo, que passava férias com a família em Praia Grande e teve traumatismo craniano. No fim da tarde, ela foi transferida, em coma, da Santa Casa de Santos para o hospital Emílio Vasconcelos, na capital. Felipe da Rosa, 10, também levado para a Santa Casa de Santos, com traumatismo craniano, fraturas nos braços e escoriações, tinha estado regular. Com o cotovelo direito e um dos dedos fraturados, o mecânico de manutenção Antonio Carlos Guedes Vieira, 34, estava no Pronto-Socorro Central de Praia Grande, de onde Rafael Oliveira, 13, havia sido transferido pela manhã para São Paulo. Liberada pelo PS, Kelly dos Santos, 14, foi a única das vítimas que não seguiu hospitalizada. Outros brinquedos Segundo o secretário municipal de Urbanismo de Praia Grande, Jamil Issa Filho, a prefeitura não interditou os outros 24 brinquedos do parque porque eles têm auto de vistoria dos bombeiros e todas as exigências técnicas e de fiscalização foram cumpridas. O parque é operado desde o dia 10 pela Happy Center Park, que tem sede em Santo André (SP) e ganhou licitação da prefeitura para explorar duas áreas na temporada de verão (até 10 de março). A reportagem não conseguiu localizar Horário César Araújo Costa, que, segundo registros da prefeitura, é o dono da empresa. O argentino Alejandro Muniz, que afirmou ser responsável pelo parque, disse que houve uma "fatalidade" e que o brinquedo, italiano, nunca tinha tido defeito. Segundo o secretário municipal do Turismo, Manoel Carlos Peres, desde 94 há licitações para a instalação de parques no verão, quando a população da cidade sobe de 220 mil para 1 milhão de habitantes. "Pesquisas indicaram que os parques são a atração preferida." Ontem de manhã, peritos examinaram o equipamento. O laudo deve sair em 15 dias. Colaborou José Eduardo Rondon, da Agência Folha Texto Anterior: Saneamento: Começa obra de rede de esgoto sob rio Pinheiros Próximo Texto: "Tinha gente pendurada, gritaria e correria" Índice |
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