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CHUVAS
Programa do Instituto de Pesquisas Tecnológicas está sendo implantado para alertar defesas civis e prefeituras de SP
Áreas de risco ganham sistema de controle
KEILA RIBEIRO
DA FOLHA VALE
O IPT (Instituto de Pesquisas
Tecnológicas do Estado de São
Paulo) iniciou a implantação de
um sistema informatizado para
prevenir e alertar as defesas civis e
prefeituras do Estado sobre as
chances de desmoronamentos
em áreas consideradas de risco.
O acompanhamento dos pontos sujeitos a desmoronamentos
em regiões como Vale do Paraíba,
litoral paulista e Vale do Ribeira já
é realizado pelo instituto. A Defesa Civil de cada cidade vistoria os
locais de risco e, no caso da necessidade de retirar as famílias, técnicos do IPT realizam um mapeamento das áreas.
Com o Nurg (Núcleo de Monitoramento de Riscos Geológicos),
o instituto, as defesas civis e as administrações municipais vão ter
acesso a um mapa com o número
de áreas de risco e de famílias que
moram nesses locais por cidade.
A idéia é conseguir visualizar
cada ponto, com nome e número
de moradores em cada casa, além
da situação geológica da área. O
monitoramento deverá acontecer
em tempo real, por um programa
de rastreamento que ainda não foi
definido pelo IPT, mas que deve
funcionar por satélite ou rádio.
Os técnicos acompanharão as
movimentações de terra e poderão avisar com antecedência os
municípios, para que providenciem a retirada dos moradores.
O sistema está sendo instalado a
partir do banco de dados do instituto e deve funcionar como um
portal na internet, a exemplo do
que já ocorre com as informações
sobre clima, queimadas e tempo,
entre outras divulgadas pelo
Cptec (Centro de Previsão do
Tempo e Estudos Climáticos).
A partir da conclusão do programa, qualquer pessoa poderá
ter acesso aos dados gerais. As informações mais específicas vão ficar restritas, por meio de senhas,
aos técnicos do IPT.
O instituto vem desenvolvendo
o programa do Nurg há quatro
anos, mas só conseguiu começar a
implantá-lo a partir de parcerias
com o Daee (Departamento de
Águas e Energia Elétrica) e a empresa Metron. No entanto, o sistema não deve ser concluído até o
final desta temporada de chuvas,
segundo o geólogo do IPT Eduardo Soares de Macedo.
As informações, por enquanto,
são cadastradas no programa e
estão acessíveis somente aos órgãos de combate aos riscos de
deslizamentos. O acesso ao público deve estar disponível até o final
deste semestre. "Cada cidade poderá se planejar e programar investimentos para as áreas mais
críticas", disse Macedo.
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