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Não há razão para "alarme" no HC, diz Serra
Governador de SP volta a dizer que incêndio foi "provocado'; Ministério Público conclui que não há risco no hospital
Ao final da visita dos promotores, bombeiros, IPT e Contru foi estabelecido um cronograma de obras consideradas emergenciais
COLABORAÇÃO PARA A AGÊNCIA FOLHA, EM BAURU
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
O governador de São Paulo,
José Serra (PSDB), afirmou ontem que não há motivo para
"alarme" após o segundo incêndio no período de um mês no
Hospital das Clínicas, em São
Paulo. Após fazer uma vistoria
no Prédio dos Ambulatórios, o
Ministério Público chegou à
mesma conclusão.
Em Bauru (343 km de SP), o
governador voltou a dizer que o
incêndio foi "provocado". Mas
evitou tachá-lo de criminoso.
"Você pode jogar um cigarro
em uma cesta de papel e causar
fogo. É doloso ou culposo", afirmou o governador.
Serra disse ainda que o HC
está recebendo todos os investimentos. "[O HC] realizou seu
orçamento 100%, fez licitação
para todas as obras."
O Sindicato dos Médicos de
São Paulo criticou a hipótese de
incêndio "provocado". Para o
presidente da entidade, Cid
Carvalhaes, a declaração de
Serra foi infeliz e inadequada.
O incêndio no hospital foi detectado na manhã de anteontem por funcionários.
Promotoria
Os promotores José Carlos
de Freitas, da Habitação, e Anna Trotta Yaryd, da Saúde Pública, passaram ontem mais de
quatro horas no hospital com
técnicos do Corpo de Bombeiros, do IPT (Instituto de Pesquisas Tecnológicas) e do Contru (Departamento de Controle do Uso de Imóvel) para saber
se havia risco de novos incêndios. Concluíram que não.
"Pelo que nós verificamos
não existe nenhuma situação
de risco que peça uma interdição", afirmou Yaryd.
Ao final da visita, foi estabelecido um cronograma de obras
consideradas emergenciais. O
prazo mais curto é de cinco
dias, para os engenheiros apresentarem atestado que comprove a segurança das ligações
elétricas provisórias adotadas
desde o incêndio da véspera de
Natal. Em 15 dias, deverão ser
desocupados depósitos entre
os andares. A reforma, já iniciada para retomar o atendimento
normal do prédio, deverá ser
concluída em 60 dias. O maior
prazo foi de 120 dias, para a
substituição das antigas portas
corta-fogo por modelos que
atendam às normas mais atuais
de segurança.
(BRUNO MESTRINELLI e CINTHIA RODRIGUES)
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