São Paulo, sexta-feira, 25 de janeiro de 2008

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Não há razão para "alarme" no HC, diz Serra

Governador de SP volta a dizer que incêndio foi "provocado'; Ministério Público conclui que não há risco no hospital

Ao final da visita dos promotores, bombeiros, IPT e Contru foi estabelecido um cronograma de obras consideradas emergenciais

COLABORAÇÃO PARA A AGÊNCIA FOLHA, EM BAURU
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

O governador de São Paulo, José Serra (PSDB), afirmou ontem que não há motivo para "alarme" após o segundo incêndio no período de um mês no Hospital das Clínicas, em São Paulo. Após fazer uma vistoria no Prédio dos Ambulatórios, o Ministério Público chegou à mesma conclusão.
Em Bauru (343 km de SP), o governador voltou a dizer que o incêndio foi "provocado". Mas evitou tachá-lo de criminoso. "Você pode jogar um cigarro em uma cesta de papel e causar fogo. É doloso ou culposo", afirmou o governador.
Serra disse ainda que o HC está recebendo todos os investimentos. "[O HC] realizou seu orçamento 100%, fez licitação para todas as obras."
O Sindicato dos Médicos de São Paulo criticou a hipótese de incêndio "provocado". Para o presidente da entidade, Cid Carvalhaes, a declaração de Serra foi infeliz e inadequada.
O incêndio no hospital foi detectado na manhã de anteontem por funcionários.

Promotoria
Os promotores José Carlos de Freitas, da Habitação, e Anna Trotta Yaryd, da Saúde Pública, passaram ontem mais de quatro horas no hospital com técnicos do Corpo de Bombeiros, do IPT (Instituto de Pesquisas Tecnológicas) e do Contru (Departamento de Controle do Uso de Imóvel) para saber se havia risco de novos incêndios. Concluíram que não.
"Pelo que nós verificamos não existe nenhuma situação de risco que peça uma interdição", afirmou Yaryd.
Ao final da visita, foi estabelecido um cronograma de obras consideradas emergenciais. O prazo mais curto é de cinco dias, para os engenheiros apresentarem atestado que comprove a segurança das ligações elétricas provisórias adotadas desde o incêndio da véspera de Natal. Em 15 dias, deverão ser desocupados depósitos entre os andares. A reforma, já iniciada para retomar o atendimento normal do prédio, deverá ser concluída em 60 dias. O maior prazo foi de 120 dias, para a substituição das antigas portas corta-fogo por modelos que atendam às normas mais atuais de segurança. (BRUNO MESTRINELLI e CINTHIA RODRIGUES)

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