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Grávida leva tiro na barriga e perde bebê
DA SUCURSAL DO RIO
Uma mulher grávida perdeu
o bebê depois de ser atingida
por um tiro na barriga anteontem na zona oeste do Rio. Patrícia Cristina Alexandre Assunção, 30, estava no sétimo mês
de gestação. Ela perdeu o útero
e não poderá mais ter filhos, segundo o hospital onde ela foi
internada.
A família da vítima diz suspeitar que o crime tenha sido
encomendado por um oficial
militar que, segundo o pai de
Patrícia, Carlos Ferreira de Assunção, seria pai da criança e
contra a gravidez.
A família do militar nega a
acusação e diz que não há certeza de que ele era o pai.
De acordo com Assunção, Patrícia contou, no hospital, que
estava andando na rua Crispin
Macedo, em Magalhães Bastos,
zona oeste do Rio, quando homens armados saíram de um
carro e atiraram contra sua
barriga. "Ela [Patrícia] disse
que um dos homens ainda falou: "Vou fazer uma covardia
contigo'", contou Assunção.
Os tiros mataram na hora o
feto e também atingiram o braço esquerdo de Patrícia. Ela foi
socorrida por um policial e levada para o hospital estadual
Carlos Chagas.
Segundo a Secretaria de Saúde, Patrícia não corre risco de
morte, mas teve o útero removido pelos médicos.
O bebê, uma menina que se
chamaria Rebeca, seria o primeiro filho de Patrícia, contou
à Folha o pai da vítima. Segundo ele, a mulher engravidou depois de ter um caso com o militar, que mora fora do Estado.
"Ele era contra o nascimento
da menina e propôs que a Patrícia abortasse. Ele não conseguiu tirar a vida da criança de
um jeito, mas tirou de outro",
disse Assunção.
A Folha não conseguiu encontrar o oficial, mas uma irmã
disse considerar a acusação
uma injúria. "Não está confirmado que o bebê era filho dele.
Estavam esperando nascer para fazer o exame de DNA", disse. "Considero isso [a acusação] uma injúria".
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