São Paulo, sexta-feira, 25 de janeiro de 2008

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55% dos paulistanos sairiam da cidade se tivessem chance

Apesar disso, SP foi apontada como um lugar bom para morar por metade dos entrevistados

Segundo pesquisa do Ibope, insatisfação é recorrente quando se trata de transporte coletivo, saúde pública e educação pública

DA REPORTAGEM LOCAL

Um total de 55% dos paulistanos sairiam da capital para viver em outro município se tivessem a oportunidade. Esse é um dos dados obtidos pela pesquisa Ibope realizada a pedido do Movimento Nossa São Paulo para comemorar o aniversário da cidade.
O objetivo era analisar a percepção que o morador tem da capital paulista. Foram entrevistados 1.512 pessoas, com 16 anos ou mais, entre os dias 5 e 14 de janeiro. A margem de erro é de 2,5 pontos percentuais, para mais ou para menos.
As questões trataram de segurança, saúde, educação, inclusão social e qualidade de vida na cidade. Apesar de a maioria dizer que deixaria a cidade, São Paulo foi classificada como um lugar bom para se morar por 50% dos entrevistados.
Com relação à violência, 58% consideram a cidade "pouco segura" e 20% afirmaram já ter sido assaltados. A insatisfação das pessoas é recorrente quando se trata de transporte coletivo (55%), saúde pública (70%) e educação pública (60%).
A pesquisa mostra ainda que muitos nem sequer sabem o que é "subprefeitura". Um total de 24% dos entrevistados nunca tinha ouvido falar na palavra "subprefeitura".

Administração
Os entrevistados avaliam que 77% dos investimentos públicos feitos na cidade são voltados para a população rica. E 95% consideram que existe corrupção na política do município e 10% admitiram ter pago propina a funcionário público nos últimos 12 meses.
O prefeito Gilberto Kassab (DEM), questionado sobre as avaliações ruins a respeito da administração municipal, afirmou que as percepções dos moradores serão levadas em conta nas ações do governo para "acertar ao máximo e errar o mínimo possível".
"Os indicativos [do movimento] nos ajudam a consolidar o nosso direcionamento no sentido de fazer a cidade mais justa, mais humana. E que possamos, ao longo do tempo, corrigir as distorções que foram feitas", afirmou.
Segundo ele, ocorreram avanços nas áreas da saúde e da educação, com o fim das salas de aula de lata e do turno da fome. "É uma cidade que tem sim desigualdades e compreendemos as pessoas que têm pressa nessa alteração. E a prefeitura tem pressa. Todas as nossas ações são no sentido de reverter essas desigualdades que aconteceram e foram consolidadas na cidade", afirmou.


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