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55% dos paulistanos sairiam da cidade se tivessem chance
Apesar disso, SP foi apontada como um lugar bom para morar por metade dos entrevistados
Segundo pesquisa do Ibope, insatisfação é recorrente quando se trata de transporte coletivo, saúde pública e educação pública
DA REPORTAGEM LOCAL
Um total de 55% dos paulistanos sairiam da capital para viver em outro município se tivessem a oportunidade. Esse é
um dos dados obtidos pela pesquisa Ibope realizada a pedido
do Movimento Nossa São Paulo para comemorar o aniversário da cidade.
O objetivo era analisar a percepção que o morador tem da
capital paulista. Foram entrevistados 1.512 pessoas, com 16
anos ou mais, entre os dias 5 e
14 de janeiro. A margem de erro
é de 2,5 pontos percentuais, para mais ou para menos.
As questões trataram de segurança, saúde, educação, inclusão social e qualidade de vida na cidade. Apesar de a maioria dizer que deixaria a cidade,
São Paulo foi classificada como
um lugar bom para se morar
por 50% dos entrevistados.
Com relação à violência, 58%
consideram a cidade "pouco segura" e 20% afirmaram já ter
sido assaltados. A insatisfação
das pessoas é recorrente quando se trata de transporte coletivo (55%), saúde pública (70%) e
educação pública (60%).
A pesquisa mostra ainda que
muitos nem sequer sabem o
que é "subprefeitura". Um total
de 24% dos entrevistados nunca tinha ouvido falar na palavra
"subprefeitura".
Administração
Os entrevistados avaliam que
77% dos investimentos públicos feitos na cidade são voltados para a população rica. E
95% consideram que existe
corrupção na política do município e 10% admitiram ter pago
propina a funcionário público
nos últimos 12 meses.
O prefeito Gilberto Kassab
(DEM), questionado sobre as
avaliações ruins a respeito da
administração municipal, afirmou que as percepções dos moradores serão levadas em conta
nas ações do governo para
"acertar ao máximo e errar o
mínimo possível".
"Os indicativos [do movimento] nos ajudam a consolidar o nosso direcionamento no
sentido de fazer a cidade mais
justa, mais humana. E que possamos, ao longo do tempo, corrigir as distorções que foram
feitas", afirmou.
Segundo ele, ocorreram
avanços nas áreas da saúde e da
educação, com o fim das salas
de aula de lata e do turno da fome. "É uma cidade que tem sim
desigualdades e compreendemos as pessoas que têm pressa
nessa alteração. E a prefeitura
tem pressa. Todas as nossas
ações são no sentido de reverter essas desigualdades que
aconteceram e foram consolidadas na cidade", afirmou.
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