São Paulo, sexta-feira, 25 de janeiro de 2008

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SÃO PAULO 454 ANOS / SEGURANÇA

Kassab planeja instalar 12 mil câmeras em SP

Câmeras de vigilância devem ampliar o sistema de monitoramento de imagens em ruas e prédios públicos de São Paulo

Prefeitura deverá optar pela locação do serviço; parte de investimentos, de acordo com o projeto, terá o apoio da iniciativa privada

JOSÉ ERNESTO CREDENDIO
DA REPORTAGEM LOCAL

O prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (DEM), planeja adquirir um sistema de 12.066 câmeras de vigilância para ampliar o sistema de monitoramento eletrônico de imagens em ruas e prédios públicos da cidade. A prefeitura ainda não estimou o valor do contrato.
A licitação para o "mega big-brother" de Kassab será aberta assim que for concluída uma consulta pública para colher subsídios para detalhar o sistema. O prefeito, pré-candidato à reeleição, pretende implantar o sistema ainda em 2008 nos locais considerados prioritários.
Parte dos investimentos, segundo o projeto do prefeito, virá do apoio da iniciativa privada. É o mais ambicioso projeto já lançado por Kassab na área de segurança pública.
Para monitorar 309 escolas -incluindo câmeras, alarmes, sensores de presença, botões de pânico e vigilantes desarmados-, em outra licitação já concluída, a prefeitura gastará R$ 37 milhões por ano.
Estão incluídos no pacote escolas, as marginais, o Ibirapuera, cemitérios, túneis, piscinões e os acessos rodoviários a São Paulo, além de ruas e avenidas.
Segundo Edsom Ortega, secretário-executivo do Gabinete de Gestão Integrada de Segurança, será possível controlar congestionamentos, acompanhar enchentes, manifestações e invasões de áreas e até informar outros órgãos sobre "rachas" de veículos e confusões entre pessoas nas ruas.
"A idéia é termos a polícia e a Guarda Metropolitana como grupos de intervenção rápida, e não com rondas a esmo, menos eficazes", diz Ortega.
Em vez de comprar o sistema, a prefeitura pretende optar pela locação do serviço de monitoramento.
Além de pontos fixos, o pacote vai incluir câmeras móveis, que serão utilizadas para acompanhar o público durante grandes eventos -como a Parada Gay e shows- ou situações de emergência.
O projeto é uma continuidade do programa iniciado em junho de 2006 no centro velho (Sé e República) e implantado na avenida Paulista, em dezembro, para tentar reduzir índices de criminalidade.
Um das novidades é a inclusão do parque Ibirapuera, o mais movimentado de São Paulo -chega a receber até 200 mil pessoas em finais de semana, além de shows e eventos.
O parque terá 28 câmeras nos acessos e em pontos considerados mais perigosos aos freqüentadores. Segundo o programa da prefeitura, a idéia é estender o sistema a outros parques de São Paulo.

Escolas e trânsito
Cerca de dois terços das câmeras, ou 8.000, vão monitorar as escolas e as creches da cidade -hoje, a prefeitura já está colocando equipamentos nas 309 unidades escolares consideradas mais vulneráveis a episódios de violência.
Com a nova compra, será possível monitorar todas as 1.321 escolas da rede municipal de ensino de São Paulo.
Outras 533 câmeras vão equipar o sistema de acompanhamento do fluxo de trânsito pela CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) em cerca de 800 km de vias.
Ainda na área da segurança, a GCM (Guarda Civil Metropolitana) terá mais 523 câmeras instaladas nas 31 subprefeituras e prédios públicos.

Central
Segundo a proposta levada à consulta pública pela Secretaria de Gestão, as imagens serão monitoradas em centrais, a serem instaladas em toda a cidade, ou na Central de Monitoramento da GCM, que compartilha os dados com as polícias Federal, Militar e Civil.


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