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SÃO PAULO 454 ANOS / SEGURANÇA
Kassab planeja instalar 12 mil câmeras em SP
Câmeras de vigilância devem ampliar o sistema de monitoramento de imagens em ruas e prédios públicos de São Paulo
Prefeitura deverá optar pela locação do serviço; parte de investimentos, de acordo com o projeto, terá o apoio da iniciativa privada
JOSÉ ERNESTO CREDENDIO
DA REPORTAGEM LOCAL
O prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (DEM), planeja
adquirir um sistema de 12.066
câmeras de vigilância para ampliar o sistema de monitoramento eletrônico de imagens
em ruas e prédios públicos da
cidade. A prefeitura ainda não
estimou o valor do contrato.
A licitação para o "mega big-brother" de Kassab será aberta
assim que for concluída uma
consulta pública para colher
subsídios para detalhar o sistema. O prefeito, pré-candidato à
reeleição, pretende implantar o
sistema ainda em 2008 nos locais considerados prioritários.
Parte dos investimentos, segundo o projeto do prefeito, virá do apoio da iniciativa privada. É o mais ambicioso projeto
já lançado por Kassab na área
de segurança pública.
Para monitorar 309 escolas
-incluindo câmeras, alarmes,
sensores de presença, botões
de pânico e vigilantes desarmados-, em outra licitação já concluída, a prefeitura gastará R$
37 milhões por ano.
Estão incluídos no pacote escolas, as marginais, o Ibirapuera, cemitérios, túneis, piscinões
e os acessos rodoviários a São
Paulo, além de ruas e avenidas.
Segundo Edsom Ortega, secretário-executivo do Gabinete
de Gestão Integrada de Segurança, será possível controlar
congestionamentos, acompanhar enchentes, manifestações
e invasões de áreas e até informar outros órgãos sobre "rachas" de veículos e confusões
entre pessoas nas ruas.
"A idéia é termos a polícia e a
Guarda Metropolitana como
grupos de intervenção rápida, e
não com rondas a esmo, menos
eficazes", diz Ortega.
Em vez de comprar o sistema, a prefeitura pretende optar
pela locação do serviço de monitoramento.
Além de pontos fixos, o pacote vai incluir câmeras móveis,
que serão utilizadas para acompanhar o público durante grandes eventos -como a Parada
Gay e shows- ou situações de
emergência.
O projeto é uma continuidade do programa iniciado em junho de 2006 no centro velho
(Sé e República) e implantado
na avenida Paulista, em dezembro, para tentar reduzir índices
de criminalidade.
Um das novidades é a inclusão do parque Ibirapuera, o
mais movimentado de São Paulo -chega a receber até 200 mil
pessoas em finais de semana,
além de shows e eventos.
O parque terá 28 câmeras
nos acessos e em pontos considerados mais perigosos aos freqüentadores. Segundo o programa da prefeitura, a idéia é
estender o sistema a outros
parques de São Paulo.
Escolas e trânsito
Cerca de dois terços das câmeras, ou 8.000, vão monitorar
as escolas e as creches da cidade
-hoje, a prefeitura já está colocando equipamentos nas 309
unidades escolares consideradas mais vulneráveis a episódios de violência.
Com a nova compra, será
possível monitorar todas as
1.321 escolas da rede municipal
de ensino de São Paulo.
Outras 533 câmeras vão
equipar o sistema de acompanhamento do fluxo de trânsito
pela CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) em cerca
de 800 km de vias.
Ainda na área da segurança, a
GCM (Guarda Civil Metropolitana) terá mais 523 câmeras
instaladas nas 31 subprefeituras e prédios públicos.
Central
Segundo a proposta levada à
consulta pública pela Secretaria de Gestão, as imagens serão
monitoradas em centrais, a serem instaladas em toda a cidade, ou na Central de Monitoramento da GCM, que compartilha os dados com as polícias Federal, Militar e Civil.
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