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CELINA DE FIGUEIREDO SILVA PIZA (1914-2009)
Na crise, a pianista se desfez do piano
ESTÊVÃO BERTONI
DA REPORTAGEM LOCAL
Dos 23 filhos que seu Bijuca e dona Sinica tiveram,
apenas três vivem hoje.
Eram quatro até a última
segunda, quando Celina de
Figueiredo Silva Piza, uma
das mais velhas entre os irmãos, morreu de falência dos
órgãos, aos 94, em Mococa
(SP), sua cidade natal.
Filha de pai dono de cartório e mãe vinda de uma família de fazendeiros, casou-se
em 1934 com um também filho de cafeicultores, de Lins
(SP), para onde o casal se
mudou. O marido, Toledo de
Toledo Piza e Almeida Jayme, teve uma transportadora
dos anos 30 aos 50. Em 1953,
a empresa faliu.
Transferidos para São
Paulo, o marido trabalhou
com contabilidade, até que
se mudaram para Piracicaba
(SP) -Celina passou a ter
problemas respiratórios, e o
ar da capital não lhe fazia
bem. Pianista, teve de se desfazer do instrumento no início dos anos 90, devido a problemas financeiros.
O marido, então aposentado, tivera problemas com o
Plano Collor. Celina contentou-se com um teclado, e o
piano acabou recuperado
anos depois, pela família.
Viúva desde 2002, era
muito dedicada à família, como conta a neta Renata.
"Quando eu tinha dez anos,
ela já estava preparando meu
enxoval", brinca.
Teve quatro filhos -sendo
que um morreu logo depois
de nascido-, sete netos e seis
bisnetas. A missa será hoje,
às 18h30, na igreja Assunção
de Nossa Sra., em SP.
obituario@grupofolha.com.br
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