São Paulo, domingo, 25 de janeiro de 2009

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CELINA DE FIGUEIREDO SILVA PIZA (1914-2009)

Na crise, a pianista se desfez do piano

ESTÊVÃO BERTONI
DA REPORTAGEM LOCAL

Dos 23 filhos que seu Bijuca e dona Sinica tiveram, apenas três vivem hoje. Eram quatro até a última segunda, quando Celina de Figueiredo Silva Piza, uma das mais velhas entre os irmãos, morreu de falência dos órgãos, aos 94, em Mococa (SP), sua cidade natal.
Filha de pai dono de cartório e mãe vinda de uma família de fazendeiros, casou-se em 1934 com um também filho de cafeicultores, de Lins (SP), para onde o casal se mudou. O marido, Toledo de Toledo Piza e Almeida Jayme, teve uma transportadora dos anos 30 aos 50. Em 1953, a empresa faliu.
Transferidos para São Paulo, o marido trabalhou com contabilidade, até que se mudaram para Piracicaba (SP) -Celina passou a ter problemas respiratórios, e o ar da capital não lhe fazia bem. Pianista, teve de se desfazer do instrumento no início dos anos 90, devido a problemas financeiros. O marido, então aposentado, tivera problemas com o Plano Collor. Celina contentou-se com um teclado, e o piano acabou recuperado anos depois, pela família.
Viúva desde 2002, era muito dedicada à família, como conta a neta Renata. "Quando eu tinha dez anos, ela já estava preparando meu enxoval", brinca. Teve quatro filhos -sendo que um morreu logo depois de nascido-, sete netos e seis bisnetas. A missa será hoje, às 18h30, na igreja Assunção de Nossa Sra., em SP.

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