A modelo morreu na madrugada de ontem em decorrência de uma infecção urinária que evoluiu para infecção generalizada

Mariana iniciou a carreira aos 14 anos, quando começou a participar de concursos de beleza; em 2008, ficou em 4º lugar no Miss Mundo Brasil

DA AGÊNCIA FOLHA

A modelo Mariana Bridi da Costa, 20, morreu na madrugada de ontem, em Serra (ES), em decorrência de uma infecção urinária que evoluiu para sepse grave (infecção generalizada).
A modelo estava internada no hospital estadual Dório Silva desde o dia 3 de janeiro, com quadro de choque séptico (falência dos órgãos ocasionada pela infecção), causado por bactérias do gênero estafilococos e da espécie Pseudomonas aeruginosa, que provocaram uma infecção urinária.
Segundo nota da Secretaria Estadual de Saúde, Mariana morreu às 2h30. Na última semana, ela passou por cirurgias para amputar as mãos e os pés -que ficaram necrosados devido à intensidade da infecção, que impediu que o fluxo sanguíneo atingisse as extremidades. Também precisou passar por cirurgias para retirada de parte do estômago e rins.
Mariana apresentou ainda insuficiência renal aguda e estreitamento dos vasos sanguíneos periféricos, estava respirando com ajuda de aparelhos e fazendo hemodiálise.
Segundo a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), não há registro de surtos pelas bactérias que atingiram a modelo no país.

Carreira
Mariana iniciou a carreira de modelo aos 14 anos, quando começou a participar de concursos de beleza. Em 2007, ela ficou em 4º lugar no concurso Miss Mundo Brasil. No ano passado, obteve a mesma colocação na competição.
O enterro estava previsto para ocorrer no final da tarde de ontem, no cemitério central da cidade de Marechal Floriano. Ela foi velada durante à tarde, em um asilo, onde estiveram presentes amigos e familiares.
O pai da modelo, Agnaldo da Costa, 56, disse, em entrevista à imprensa capixaba, que havia perdido "uma joia rara". "Deus está confortando nossos corações, pois ele quis que ela ficasse junto dele agora."
O caso de Mariana teve repercussão internacional com citações em sites como o da CNN, Los Angeles Times e New York Daily News, dos EUA.
Em entrevista à Folha publicada na quarta, o infectologista Caio Rosenthal disse que é incomum que casos de infecção por Pseudomonas evoluam para a amputação dos membros. "A Pseudomonas aeruginosa é a mais comum da espécie nas infecções urinárias. A necrose acontece quando a bactéria causa uma infecção tão grave que impede que o fluxo sanguíneo atinja extremidades."


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