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MOACYR FAGNANI (1927-2010)
Aposentado, dedicou-se a enviar cartas
ESTÊVÃO BERTONI
DA REPORTAGEM LOCAL
Tamanha foi a quantidade
de cartas enviadas por Moacyr
Fagnani aos jornais nos últimos 17 anos, que ele, um corretor de imóveis aposentado,
acabou como funcionário da
ACI (Associação Campineira
de Imprensa).
Com a chegada da aposentadoria aos 65 anos, Moacyr tornou-se um missivista de mão
cheia. Contribuiu para isso seu
antigo ofício de corretor, que o
fizera percorrer e conhecer a
cidade inteira.
Assim, sentado em frente à
máquina, ele escrevia alertas
às autoridades sobre os principais problemas de Campinas
(SP). As cartas eram publicadas, principalmente, pelo jornal "Correio Popular".
Nos últimos tempos, com o
domínio da tecnologia, alguns
veículos de imprensa passaram a recusar as cartas datilografadas. Como Moacyr não
havia se entendido bem com o
computador, cabia à filha Yara
bater os textos, já prontos, para ele.
Muito ativo, contribuiu
também com a Sociedade de
Amigos de Campinas, com a
associação dos idosos e até para reativar a Banda Carlos
Gomes, que toca em praças.
Amigo dos jornalistas, foi
chamado para ajudar na
ACI -era o tesoureiro. Gostava tanto de lá que fez seu
segundo casamento na associação. Em setembro, teve
um AVC (acidente vascular
cerebral) na sede do órgão.
Morreu na quarta, aos 82.
Deixa três filhos, seis netos
e um bisneto. A missa de sétimo dia será amanhã, às
18h30, na Basílica N. Sra. do
Carmo, em Campinas.
coluna.obituario@uol.com.br
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