São Paulo, segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

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MOACYR FAGNANI (1927-2010)
Aposentado, dedicou-se a enviar cartas

ESTÊVÃO BERTONI
DA REPORTAGEM LOCAL

Tamanha foi a quantidade de cartas enviadas por Moacyr Fagnani aos jornais nos últimos 17 anos, que ele, um corretor de imóveis aposentado, acabou como funcionário da ACI (Associação Campineira de Imprensa).
Com a chegada da aposentadoria aos 65 anos, Moacyr tornou-se um missivista de mão cheia. Contribuiu para isso seu antigo ofício de corretor, que o fizera percorrer e conhecer a cidade inteira.
Assim, sentado em frente à máquina, ele escrevia alertas às autoridades sobre os principais problemas de Campinas (SP). As cartas eram publicadas, principalmente, pelo jornal "Correio Popular".
Nos últimos tempos, com o domínio da tecnologia, alguns veículos de imprensa passaram a recusar as cartas datilografadas. Como Moacyr não havia se entendido bem com o computador, cabia à filha Yara bater os textos, já prontos, para ele.
Muito ativo, contribuiu também com a Sociedade de Amigos de Campinas, com a associação dos idosos e até para reativar a Banda Carlos Gomes, que toca em praças.
Amigo dos jornalistas, foi chamado para ajudar na ACI -era o tesoureiro. Gostava tanto de lá que fez seu segundo casamento na associação. Em setembro, teve um AVC (acidente vascular cerebral) na sede do órgão.
Morreu na quarta, aos 82. Deixa três filhos, seis netos e um bisneto. A missa de sétimo dia será amanhã, às 18h30, na Basílica N. Sra. do Carmo, em Campinas.

coluna.obituario@uol.com.br


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