São Paulo, terça-feira, 25 de janeiro de 2011

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Prefeitura do Rio é atingida durante ação da polícia

Tiros acertaram também helicóptero da TV Globo; não houve feridos

Em operação da Polícia Civil no complexo de favelas do São Carlos (centro), um suspeito foi morto pela polícia

Carlos Eduardo Cardoso/Agência O Dia
Helicóptero da TV Globo que foi baleado por bandidos enquanto fazia imagens de operação policial em favelas do Rio

FELIPE CARUSO
DO RIO

Um helicóptero da TV Globo e janelas do prédio sede da Prefeitura do Rio foram atingidos ontem por tiros durante operação da Polícia Civil no complexo de favelas do São Carlos, no Estácio (centro).
Não houve feridos. Um suposto traficante morreu e outros três ficaram feridos. Um menor foi apreendido.
O piloto da aeronave, que transportava uma equipe de reportagem, precisou fazer um pouso de emergência no aeroporto de Jacarepaguá, na zona oeste da cidade.
Por volta das 6h15, cerca de cem policiais civis iniciaram a ação nos morros de São Carlos, Zinco, Querosene e da Mineira, no Estácio. Segundo a Polícia Civil, o objetivo era combater o tráfico de drogas e obter informações para investigações em curso.
Não foi uma operação para instalação de uma UPP. Nessas operações, geralmente feitas por agentes do Bope, os policiais permanecem na favela. Ontem, no final da manhã, eles já haviam saído.
Foram apreendidas cerca de 300 kg de maconha, uma escopeta calibre 12, granadas, cadernos de anotação do tráfico, 17 facões e material para endolação e comercialização de drogas.
Em nota, a ANJ (Associação Nacional de Jornais) condenou o ataque ao helicóptero e disse que ele deve ser considerado como atentado à liberdade de expressão.

SUSTO NA PREFEITURA
Desde cedo era possível ouvir rajadas de tiros em bairros próximos ao Estácio, como Rio Comprido e Maracanã. Funcionários da prefeitura relataram que os disparos estilhaçaram as vidraças de três andares do prédio principal entre as 7h e as 9h.
Janelas do 5º, do 10º e do 14º andar, onde funcionam as secretarias de Assistência Social, Urbanismo e a Controladoria, respectivamente, foram atingidas. O 11º andar do prédio anexo, onde funciona a PreviRio, também.
Como o expediente começa às 9h, não havia muitas pessoas no local. Funcionários que chegavam ao prédio, porém, precisaram esperar por até três horas para que as salas fossem liberadas.
Segundo Marcus Vinicius Carrasqueira, que trabalha na Secretaria Municipal de Meio Ambiente, os funcionários da prefeitura foram orientados a não trabalhar nas salas do prédio voltadas para o complexo de favelas.
"A gente fica um pouco receoso, mas acho que não queriam metralhar a prefeitura. Eles erraram o helicóptero da polícia e acabaram acertando aqui", disse.


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