São Paulo, domingo, 25 de fevereiro de 2007

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Fila de espera por vaga em ambulatório chega a 2 anos

DA REPORTAGEM LOCAL

A fila de espera por uma vaga no ambulatório de transtornos alimentares do HC chega a dois anos. A procura aumentou ainda mais a partir da morte, por anorexia, da modelo Ana Carolina Reston Macan, 21, em novembro do ano passado.
"Já havia um gargalo enorme antes da morte da modelo e piorou depois disso. Há horários em que não tenho nem sala para atender", afirma o psiquiatra Táki Cordás, coordenador do Ambulim.
Além da maior procura, o episódio gerou também grande temor entre os pacientes em tratamento, segundo Cordás.
"Teve um efeito devastador, em termos de medo de morrer, entre os pacientes. Mas o medo dura um tempo. Você não modula seu comportamento em razão do medo."
Segundo ele, alguns familiares queriam que mesmo pacientes que estavam próximas do peso normal fossem internadas. "Mas não temos vagas nem para quem está em péssimas condições", conta.
O serviço de transtornos alimentares da Unicamp deve aumentar sua capacidade de atendimento de 21 para 30 vagas, mas o aumento só deve servir para suprir uma demanda que já existe: dez pessoas aguardam vagas no serviço. (CC)


Texto Anterior: Garotos já ocupam 60% dos leitos para anorexia no HC
Próximo Texto: Doente há 11 anos, jovem diz que seu peso ideal é 41 kg
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.