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Fila de espera por vaga em ambulatório chega a 2 anos
DA REPORTAGEM LOCAL
A fila de espera por uma vaga
no ambulatório de transtornos
alimentares do HC chega a dois
anos. A procura aumentou ainda mais a partir da morte, por
anorexia, da modelo Ana Carolina Reston Macan, 21, em novembro do ano passado.
"Já havia um gargalo enorme
antes da morte da modelo e
piorou depois disso. Há horários em que não tenho nem sala
para atender", afirma o psiquiatra Táki Cordás, coordenador do Ambulim.
Além da maior procura, o
episódio gerou também grande
temor entre os pacientes em
tratamento, segundo Cordás.
"Teve um efeito devastador,
em termos de medo de morrer,
entre os pacientes. Mas o medo
dura um tempo. Você não modula seu comportamento em
razão do medo."
Segundo ele, alguns familiares queriam que mesmo pacientes que estavam próximas
do peso normal fossem internadas. "Mas não temos vagas
nem para quem está em péssimas condições", conta.
O serviço de transtornos alimentares da Unicamp deve aumentar sua capacidade de atendimento de 21 para 30 vagas,
mas o aumento só deve servir
para suprir uma demanda que
já existe: dez pessoas aguardam
vagas no serviço.
(CC)
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