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Ocupação do Alemão melhora avaliação da polícia, diz FGV
Após a operação no complexo, a nota dos moradores em pesquisa passou de 32 para 57
FELIPE CARUSO
DO RIO
A ocupação em novembro
dos complexos do Alemão e
da Penha, na zona norte do
Rio, melhorou a percepção
nessas favelas sobre a ação
da polícia e o tratamento dispensado pelos policiais, segundo pesquisa da FGV
(Fundação Getulio Vargas).
Foram 1.200 entrevistas
em janeiro sobre a percepção
da presença do Estado em diferentes regiões do Rio, nas
quais moradores deram notas de 0 a 100 a aspectos de cidadania e serviços públicos.
As respostas foram divididas em três regiões: Alemão;
zona A (zonas norte, oeste e
central); e zona B (zona sul,
Barra e Santa Teresa).
Se na pesquisa de junho de
2010, moradores do Alemão
deram nota 32 à ação da polícia, neste ano o índice saltou
para 57, semelhante aos das
zonas A (57) e B (61).
A avaliação do tratamento
dado os moradores também
subiu de 26 para 40. A diferença para as zonas A (68) e B
(73), porém, ainda é grande.
A percepção da liberdade
de ir e vir, que já era maior no
Alemão, cresceu ainda mais:
de 69 para 81. Mesmo com as
UPPs (Unidades de Polícia
Pacificadora), o medo de circular pela cidade ainda afeta
as outras regiões. Na zona A,
a nota passou de 39 para 45;
na B caiu de 44 para 42.
A sensação de segurança
teve alta em todas as regiões,
mas continua baixa: Alemão,
de 26 para 33; zona A, de 21
para 29; e B, de 20 para 31.
"Os dados podem estar
maquiados por uma euforia
inicial dos moradores", ressalva Fernando de Holanda
Barbosa Filho, da FGV. Nova
pesquisa será feita em junho.
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