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Maior parte dos lesionados são industriários
DA REPORTAGEM LOCAL
O setor campeão em acidentes
de trabalho é a indústria de transformação, seguido do setor madeireiro, da agroindústria e da
construção civil.
Dos 378.365 mil acidentes registrados pelo Ministério do Trabalho em 1999, 44,16% ocorreram
no setor industrial.
A redução dos acidentes observada no país desde 1997 não vem
ocorrendo de forma homogênea
nos diversos segmentos de atividade econômica.
A queda no número de ocorrências desse tipo passou de 207.394,
em 1997, para 167.090, em 1999.
No setor de serviços, além de o índice de redução ter sido menor
(de 162.975 para 158.739), algumas atividades registraram aumento expressivo de acidentes.
Um exemplo é o que vem ocorrendo com os trabalhadores das
áreas de saúde e serviços sociais,
cujos lesionados saltaram de
15.082 para 18.651, entre 1997 e
1999. Essa tendência de crescimento também está entre os trabalhadores de educação. Em ambos os casos, os servidores públicos não estão incluídos porque
não são atendidos pelo INSS.
Para o médico do trabalho Hermano Albuquerque, da Fundação
Oswaldo Cruz (Fiocruz), o aumento nas estatísticas na área da
saúde deve-se ao aumento do registro das ocorrências.
Fiscais do Ministério do Trabalho, no entanto, dizem que tanto
profissionais da saúde como os da
educação enfrentam jornadas triplas de trabalho e são expostos à
situação de extremo estresse.
Essa tendência de queda também não é constante nas diferentes regiões do país. No Centro-Oeste, por exemplo, a curva estatística dos acidentes é ascendente.
Em alguns Estados, como Pará e
Tocantins, e o Distrito Federal a
situação se repete.
Isso porque o retrato das ocorrências no Norte é distorcido em
razão de alguns Estados (Acre,
Roraima, Amapá e Rondônia)
não contarem com um único auditor fiscal com atuação em saúde
e segurança no trabalho. Ou seja:
o nível de fiscalização é praticamente inexistente.
(GA)
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