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DIREITO
Lentidão da
Justiça é
discutida em
seminário
da Reportagem Local
O excesso de alternativas de recursos judiciais e o número insuficiente de juristas para atender à
demanda de processos são os
principais motivos da lentidão do
Poder Judiciário no Brasil.
A opinião é de profissionais de
direito processual civil que participaram ontem, no salão nobre da
Faculdade de Direito da USP, no
largo São Francisco, do seminário
"O Direito Brasileiro - Passado,
Presente e Futuro".
O evento é promovido pelo Instituto dos Advogados de São Paulo, Academia Internacional de Direito e Economia e Escola Nacional da Magistratura, em homenagem aos 500 anos de Descobrimento do Brasil.
Segundo o ministro Paulo Roberto Saraiva Costa Leite, apenas
o STJ (Supremo Tribunal de Justiça) recebe atualmente 3.000 processos por semana.
"Não é possível que um tribunal
com essa responsabilidade receba
essa carga", disse Costa Leite. "Temos que valorizar as instâncias
ordinárias."
Para o jurista Donald Armelin,
além de o número de profissionais ser insuficiente, há uma sobrecarga de trabalho, que acaba
sendo responsável pela demora
da Justiça.
Armelin também destacou a
quantidade de meios de impugnação das ordens judiciais como
um dos motivos para a lentidão.
"Não é possível ser rápido com
tantos meios de impugnação",
disse o jurista.
Além de direito processual civil,
também foram debatidos ontem
filosofia do direito, direito civil,
direito constitucional, direito econômico e direito bancário.
O evento prossegue hoje com
mais uma série de discussões envolvendo ministros, desembargadores, magistrados e outros advogados renomados.
Premiação
O conselheiro do Instituto dos
Advogados do Brasil Ives Gandra
da Silva Martins entregou ontem
a medalha Barão de Ramalho ao
jurista português José Joaquim
Gomes Conotilho, da Faculdade
de Direito de Coimbra.
Hoje, um outro jurista português será homenageado: Jorge
Miranda, da Faculdade de Direito
de Lisboa e da Universidade Católica Portuguesa, receberá o prêmio Waldemar Ferreira.
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