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BARRETOS
Duas pessoas foram presas
Delegacia investiga prostituição infantil
DA FOLHA RIBEIRÃO
A Delegacia da Mulher de Barretos está investigando a existência de exploração e prostituição
infantil na cidade. Anteontem à
tarde, a polícia apreendeu as adolescentes C.F.A.S., 14, e M.S.S.S.,
16, na boate Desigual sob a suspeita de que elas estivessem se prostituindo no local. Segundo a polícia, elas estavam tomando sol
-uma de biquíni e a outra usava
somente uma tanga.
No local, foi encontrada uma
passagem secreta que dava acesso
à casa vizinha, de propriedade da
dona da boate. A polícia crê que a
saída era utilizada para esconder
as menores durante as blitze.
A acusação contra a boate partiu da Polícia Civil de Taquaritinga, que apurava o desaparecimento da menor C. "A Delegacia
da Mulher de Taquaritinga me informou que a adolescente estava
em uma casa de prostituição",
disse a delegada Gláucia Régia
Martins Simões, de Barretos (424
km de São Paulo). Ela disse que o
local já é alvo de inquéritos e chegou a ser interditado.
De acordo com depoimento das
adolescentes detidas à polícia, elas
são de Taquaritinga e estavam fazendo programas em Barretos,
por R$ 40. As menores foram encaminhadas ao Conselho Tutelar.
A dona da boate, Rosa Maria
Garcia, e o funcionário Carlos
Eduardo Ribeiro da Silva foram
presos e não puderam falar à Folha, que não localizou advogados
de defesa. Eles serão processados
por corrupção de menores e falsidade ideológica, já que as menores estavam com documentos de
identidade falsificados.
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