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OUTRO LADO
Butantan diz que animais não fazem parte de pesquisas
DA REPORTAGEM LOCAL
O pesquisador Carlos Jared
foi procurado, mas não falou
com a reportagem. O Instituto
Butantan, em nota oficial, diz
que os 13 onicóforos não foram
catalogados pela instituição e
não fazem parte de seu acervo
de pesquisa. A nota afirma que
foram enviados pelo pesquisador do laboratório de biologia
celular "a seu colega Hartmut
Greven, da Universidade de
Dusseldorf, co-autor de uma
trabalho publicado na prestigiada revista "Nature" em 13 de
abril de 2006".
O Butantan afirmou que foi
aberta uma sindicância a fim
de investigar o episódio e "evitar que a iniciativa de qualquer
um dos pesquisadores vinculados à instituição não acate à lei
vigente no Brasil". O instituto,
porém, diz que o erro do pesquisador foi "burocrático", pela falta de um papel com a autorização, e negou qualquer relação com biopirataria.
O pesquisador alemão enviou uma carta em que assume
parte da culpa pelo episódio.
"Eu acho que é primeiramente
minha culpa, apesar de nunca
termos pensado em agir assim
e em entrar em conflito com a
legislação brasileira."
Segundo ele, os "poucos animais" capturados por Jared seriam usados para obter resultados morfológicos para documentar um projeto de pesquisa
que fariam em conjunto. "Mais
uma vez, eu sinto muito pelo
que ocorreu e espero que o
transporte de onicóforos seja
legalizado num futuro próximo, pelo benefício da ciência."
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