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Insulina inalável começa a ser vendida no país no dia 11
O medicamento pode ser adotado por pacientes com diabetes tipo 1 ou tipo 2
Tratamento que dispensa a agulha é mais caro do que o convencional e pode ser usado em conjunto
com a insulina injetável
CONSTANÇA TATSCH
DA REPORTAGEM LOCAL
A partir do próximo dia 11, os
diabéticos podem optar pelo
uso da insulina em forma inalável, que passará a ser comercializada no país pela Pfizer.
Com a vantagem de evitar as
injeções, o produto chega com
preço pouco acessível. Considerando uma dose média de 13
miligramas/dia, o tratamento
custa aproximadamente
R$ 450 por mês.
"Se pegar uma insulina de
qualidade equivalente injetável, vai custar metade desse
preço", diz o endocrinologista e
diretor da Sociedade Brasileira
de Diabetes Domingos Malerbi.
Aprovada em junho passado
pela Anvisa (Agência Nacional
de Vigilância Sanitária), a insulina inalável tem o nome comercial Exubera.
Pode ser adotada como tratamento único ou em conjunto
com a insulina injetável por pacientes com diabetes tipo 1 ou
2. Deve ser administrada cerca
de 10 minutos antes das refeições e tem ação rápida.
Apesar do preço, Malerbi vê
outras vantagens na forma inalável, além da dispensa do uso
de agulha, como transporte
mais fácil e menor constrangimento na hora da aplicação.
A insulina inalável é contra-indicada para quem fuma ou
tem doenças pulmonares, incluindo a asma.
Os possíveis efeitos colaterais são: hipoglicemia (evento
adverso mais comum no uso de
insulina também injetável),
tosse leve e pequena alteração
na função pulmonar.
A insulina básica ou padrão é
distribuída gratuitamente pelo
SUS (Sistema Único de Saúde),
mas nem todos os pacientes se
adaptam bem a ela.
Pesquisa
Uma pesquisa promovida pela Sociedade Brasileira de Diabetes, Unifesp e Fiocruz-BA,
com o apoio do laboratório Pfizer, apontou que 75% dos diabéticos no Brasil não têm a
doença sob controle.
Envolvendo 6.700 pacientes
de dez cidades de todas as regiões do país, foi o primeiro
grande estudo brasileiro sobre
controle glicêmico. Em comparação com outros países, o Brasil ficou em segundo lugar, só
perdendo para a Tunísia, no
descontrole glicêmico dos diabéticos. O Quênia tem 61% dos
pacientes com controle inadequado e a Alemanha, 40%.
O levantamento apontou
ainda que, entre as complicações crônicas, 45% dos pacientes têm problemas de visão,
44% desenvolvem neuropatias
(alterações nervosas) e 16%
apresentam alteração das funções renais.
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