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Planos de saúde subirão no máximo 6,76%
Reajuste vai vigorar em 1º de maio, para planos contratados a partir de 1999; aumento vale para cerca de 6,5 milhões dos 52 milhões de usuários
Planos de saúde pediram até 11% de reajuste à ANS, dizendo que houve aumento no preço dos remédios e crise financeira, entre outras razões
DA SUCURSAL DO RIO
A ANS (Agência Nacional de
Saúde Suplementar) fixou em
6,76% o teto de reajuste para os
planos de saúde médico-hospitalares de pessoas físicas, contratados a partir de janeiro de
99, os chamados planos novos.
O reajuste -1,15 ponto percentual acima da inflação dos
últimos 12 meses pelo IPCA-
atinge cerca de 6,5 milhões de
usuários, ou seja, 12,4% do total
de 52 milhões de beneficiários
de planos de saúde no Brasil.
Para calcular o índice de aumento, a ANS levou em conta o
reajuste dos planos coletivos e
a maior oferta e utilização de
procedimentos de saúde. Apesar de ser acima da inflação, o
índice divulgado ontem ficou
abaixo do esperado pelas operadoras de planos de saúde, em
razão do aumento dos serviços
oferecidos.
"Há uma estabilização no setor, se levarmos em conta que
procedimentos importantes
como vasectomia, laqueadura
ou exames de genética e profissionais como fonoaudiólogo,
nutricionista e terapeuta ocupacional hoje estão incorporados à cobertura assistencial mínima", afirmou o diretor-presidente da ANS, Fausto Pereira
dos Santos.
1º de maio
O índice de reajuste tem vigência a partir de 1º de maio de
2009 e será aplicado ao longo
de 12 meses, devendo ser observada a data de aniversário do
contrato do beneficiário. Ao receberem seus boletos de pagamento, os beneficiários devem
conferir se o índice está claramente identificado.
Em caso de dúvida, o usuário
de plano de saúde pode entrar
em contato pelo Disque-ANS
(0800 7019656) ou ainda pelo
site www.ans.gov.br, no link
"Fale Conosco".
Os planos de saúde tinham
enviado planilhas de custos
com o pedido de aumento de
até 11%, quase o dobro da inflação medida pelo IPCA (Índice
de Preço ao Consumidor Amplo) do IBGE (Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística), cujo acumulado
nos últimos 12 meses está em
5,61%. No ano passado, as empresas tinham reivindicado
reajuste de 8%, e a agência autorizou 5,48%.
Crise financeira mundial e
reajuste de 6,25% no preço dos
remédios estão entre os argumentos que as empresas usaram para justificar o aumento
dos custos. Do lado dos usuários, os salários não tiveram ganhos superiores à inflação.
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