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Taxistas dão rotas alternativas para ir a aeroportos de SP
Profissionais indicam trajetos para os dias em que a 23 de Maio e a marginal Tietê estiverem com trânsito travado
Reportagem ouviu 74 motoristas de táxi; em dias normais, vias expressas costumam ser mais rápidas para Congonhas e Cumbica
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
DA REPORTAGEM LOCAL
Sem ter que parar a cada
quarteirão num semáforo vermelho, os motoristas fazem da
marginal Tietê e do corredor 23
de Maio as rotas tradicionais
para acessar os aeroportos de
Cumbica e Congonhas a partir
da região central de São Paulo.
O que muita gente não sabe é
como fugir do "caminho da roça" -que em condições normais é mais rápido- nos dias
em que as vias expressas estão
com trânsito entupido, agravado por acidentes, bloqueios ou
manifestações, por exemplo.
A Folha entrevistou 74 taxistas na semana passada à procura das alternativas. Testou as
opções e verificou que alguns
percursos merecem ser levados em conta antes de sair de
casa -mas só quando os serviços de informação do trânsito
avisam que a condição da 23 de
Maio e da marginal é crítica.
Dentro de um táxi, que pode
circular com passageiros pelos
corredores de ônibus, aquele
que seria um caminho tortuoso
do centro ao aeroporto de Congonhas pela avenida Nove de
Julho, repleto de paradas em
semáforos, era percorrido no
final da tarde da última segunda-feira em 40 minutos, somente três acima do trajeto habitual pela avenida 23 de Maio.
Para Cumbica, a reportagem
também verificou que a rota alternativa pela zona leste chega
a ser inclusive mais curta, embora tenha demorado sete minutos mais que a tradicional.
As opções
Os dois trajetos predominantes para fugir de um dia complicado na avenida 23 de Maio foram citados por pelo menos um
terço dos taxistas: além do corredor Nove de Julho/Santo
Amaro, as imediações do corredor Liberdade/Vergueiro/Jabaquara.
No primeiro, a vantagem tende a ser maior para quem está
dentro do táxi, devido à possibilidade de trafegar pela pista
exclusiva dos ônibus.
Já no caminho para Cumbica
a alternativa citada por mais de
metade dos taxistas é a que desvia de boa parte da marginal
Tietê por vias da zona leste,
passando pelas avenidas Celso
Garcia e Salim Farah Maluf.
No teste, a Folha verificou
que é aconselhável ao motorista adquirir algum conhecimento dos bairros do Belém e do
Brás, devido à necessidade de
passar por trechos sinuosos
nos acessos às principais vias.
Semáforos em excesso
Os percursos alternativos
nem sempre significam garantia de "respiro" no trânsito.
Na opção à 23 de Maio por
vias que saem do centro e passam pela região da Vila Mariana, como Liberdade e Domingos de Morais, a quantidade de
semáforos em excesso e as mudanças no tráfego da rua Vergueiro, que ganhará uma motofaixa nas próximas semanas,
foram empecilhos da viagem.
Não é à toa que parte dos taxistas resiste em adotar qualquer trajeto alternativo. "Não
faz diferença querer inventar
caminho. Se a 23 está ruim, está
tudo ruim", diz João Demétrio,
44, taxista que sempre dá preferência ao "retão" sem semáforos do corredor 23 de Maio.
(ANNA VIRGINIA BALLOUSSIER, CAROLINA LEAL, ELTON BEZERRA, GRAZIELLE
SCHNEIDER, THAIS BILENKY e ALENCAR
IZIDORO)
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