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Corrida com preço fechado requer cuidado
VANESSA CORREA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
"Táxi? Pra onde vai? Liberdade? Dá pra fechar em
R$ 39. Pega esse aqui."
Mal coloco os pés fora
do saguão do aeroporto de
Congonhas, no domingo
passado, e sou abordada
por um homem que me
dispara o discurso acima,
num golpe só. Se eu não
fosse moradora da Liberdade (centro), poderia até
achar vantagem. Mas uma
corrida de Congonhas até
minha casa sai por R$ 23.
Detalhe que o carro oferecido era cinza (os táxis
em SP são brancos) e não
tinha logotipo de empresa
ou sinal luminoso no teto.
Ou seja, nem era um táxi.
Com a negativa, o homem
que indicou o "serviço"
não desistiu. "Ah, então
pega esse aqui, ó". Com a
segunda negativa, veio o
apelo sentimental: "Eu fui
taxista aqui muito tempo,
agora fiquei sem carro, só
estou tentando trabalhar."
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