São Paulo, sábado, 25 de maio de 2002

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Transferência causa polêmica na cidade

DA REPORTAGEM LOCAL

A transferência de líderes do PCC para Presidente Bernardes (589 km de SP) está causando polêmica e intranquilidade na cidade. Eles serão instalados no Centro de Readaptação Penitenciária, de segurança máxima.
A cidade tem 14.662 habitantes. Quase 7% da população é de presos da antiga penitenciária (800), do CRP (160) e da cadeia pública (20). O único delegado da cidade, Glauco Roberto, diz que ocorrências nos presídios são responsáveis por 70% do trabalho de polícia judiciária do município. A previsão é que aumente para 85% com a ocupação total do CRP. Para Olival de Souza, chefe de gabinete do prefeito, a população ainda não tomou conhecimento exato de quem vem ocupar as vagas no CRP, mas a chegada deles deve ocasionar mais intranquilidade.
Os presídios da cidade geram cerca de 250 empregos diretos. O CRP custou R$ 7,7 milhões. O novo presídio possui piso com um metro de concreto, intercalado com camadas de chapas de aço, conhecido como "piso antitúnel". Há também bloqueador de celular, o único instalado no país.
Para o prefeito, a periculosidade é inerente a um presídio de segurança máxima. O vereador Marcelo Balloni, 40, presidente do PSDB local, vê com mais preocupação a presença de familiares e de visitas dos detentos. Segundo ele, algumas dessas pessoas levam entorpecentes para a cidade.
Segundo o delegado Glauco Roberto, em caso de emergência, a polícia solicita reforços de Presidente Prudente, distante apenas 30 km, e a tropa de choque chega em dez minutos.



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