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São Paulo, domingo, 25 de maio de 2003

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Número de vítimas é subestimado

DA REPORTAGEM LOCAL

Os números sobre intoxicações no país são subestimados. Como os hospitais e os prontos-socorros não são obrigados a notificar os casos de envenenamento ao Ministério da Saúde, o país não faz idéia da frequência real desse tipo de ocorrência.
Segundo Rosany Bochner, coordenadora do Sinitox, o sistema não tem informações de nove Estados brasileiros e, mesmo os que já fornecem os dados, o fazem com muito atraso. "Tenho até vergonha de dizer que os números de 2001 não estão prontos."
Para Bochner, a falta de um levantamento epidemiológico dá munição para os fabricantes de medicamentos e de produtos de limpeza questionarem legalmente certas determinações.
Uma delas são as embalagens de segurança, que, por resolução da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), já deveriam ter sido adotadas por todos os fabricantes de produtos de limpeza com formulações corrosivas ou fortemente alcalinas ou ácidas.
Desde agosto do ano passado, esses produtos deveriam estar saindo da fábrica com embalagem plástica e rígida, de difícil ruptura, com tampa de dupla segurança à prova de abertura por crianças.
"Sabemos que ainda há muito produto no mercado fora dessas especificações", diz. Segundo a Anvisa, ao encontrar um produto nessas condições, a população deve denunciar a irregularidade à Vigilância Sanitária da sua cidade.

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