DA SUCURSAL DO RIO

Elias Pereira da Silva -o Elias Maluco-, principal acusado pelo assassinato do jornalista Tim Lopes, permaneceu em silêncio e não respondeu se tem envolvimento no crime, no primeiro dia de seu julgamento, no Rio.
Tim Lopes foi morto em 2 de junho de 2002. Fazia uma reportagem para a Rede Globo sobre tráfico e exploração sexual infantil em um baile funk na favela Vila Cruzeiro (zona norte do Rio).
Segundo a denúncia do Ministério Público, Lopes foi capturado pelo bando de Elias Maluco, 39, e depois torturado e morto.
O advogado de Elias, Célio Maciel, disse crer na absolvição. "O processo é cheio de falhas. Está muito fácil para defesa. O Ministério Público não apresentou nenhuma prova concreta", disse.
A promotora responsável pela denúncia, Viviane Tavares Henriques, disse que o Ministério Público dispõe de provas técnicas que levarão à condenação.
Elias Maluco e os outros seis supostos participantes do crime estão respondendo processo sob acusação de homicídio qualificado e formação de quadrilha.
O juiz do 1º Tribunal do Júri Fábio Uchôa optou por desmembrar o processo. Com isso, somente Elias Maluco começou a ser julgado. Os demais réus só vão a júri em 14 de junho.
O julgamento prosseguia até a conclusão desta edição.


Texto Anterior: Cela insegura: Adolescentes se rebelam com escova dental
Próximo Texto: Crime mudou cobertura da imprensa
Índice