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"Efeito escola" é maior nas particulares, dizem pesquisadores
DA SUCURSAL DO RIO
A renda não é o único fator
exterior à escola que influencia
o resultado final: localização
geográfica, escolaridade dos
pais e outros aspectos também
precisam ser considerados.
Estudo feito por José Francisco Soares, especialista em
avaliação educacional da
UFMG (Universidade Federal
de Minas Gerais), identificou
instituições que fizeram mais
pelos alunos do que o esperado.
A maioria é particular. "Elas
se saem melhor do que as públicas, mesmo considerando-se
os alunos que têm."
Uma conta feita pela economista Ana Maria Franco com
base no Saeb (exame do MEC
que avalia a educação básica)
mostra que o "efeito escola" (o
quanto do desempenho é efetivamente explicado pelo colégio) é maior nas particulares.
Entre essas instituições, de
24% a 33% do resultado pode
ser creditado à escola. Na rede
pública, de 21% a 27%.
Para Naercio Menezes Filho,
autor de estudos sobre desempenho escolar, a principal explicação para essa diferença está na gestão: "Na particular, um
professor pode ser demitido se
faltar demais e outro pode ser
promovido quando se destaca".
Menezes e Soares destacam
que, se uma família de menor
renda se esforça para matricular seu filho numa escola privada, isso pode indicar que ela
prioriza mais a educação do
que outra sem essa iniciativa.
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