São Paulo, domingo, 25 de junho de 2006

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Para especialistas, exame ainda deve demorar para entrar na rotina clínica

A definição de novos marcadores de risco para úlcera, tendo como base genes da bactéria H. pylori, animou especialistas em gastroenterologia. O único problema, segundo eles, é que ainda deve demorar um bom tempo até que esse exame de biologia molecular -que custa cerca de R$ 250 em laboratórios particulares- seja incorporado na rotina das clínicas.
"Esses marcadores, que indicam uma maior possibilidade de ter a doença, com certeza vêm nos ajudar. É uma forma mais objetiva de decidir quem deve ser tratado. Mas, a curto prazo, acho difícil que o sistema público de saúde incorpore esse exame na rotina", disse Mário Kondo, gastroenterologista e professor da Unifesp.
Antônio Frederico Novaes Magalhães, professor da Unicamp e presidente eleito da Federação Brasileira de Gastroenterologia, também diz que os resultados ainda podem demorar para entrar em prática. "É uma evolução, mas são dados muito novos ainda para serem aplicados no cotidiano."
Segundo Magalhães, o procedimento de rotina hoje é tratar imediatamente todos os pacientes com úlcera e câncer. Para os demais (com ou sem gastrite), ainda não há um consenso estabelecido.
"Depende de cada médico e do histórico de cada paciente. Se ele tiver uma predisposição [como casos na família], a opção deve ser o tratamento."


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