São Paulo, quarta-feira, 25 de junho de 2008

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Itamambuca não é o rio mais poluído do litoral norte de SP

Média é de 970 coliformes por 100 ml de água e não 97 mil, como informou reportagem

No litoral norte de SP, o rio com a maior concentração de bactérias nocivas é o Taveira, em Ubatuba; o Itamambuca é apenas o 18º

DA REPORTAGEM LOCAL

O rio Itamambuca, em Ubatuba (SP), não é o primeiro curso d'água em concentração de bactérias nocivas do litoral norte de São Paulo, como informou erroneamente a Folha na edição de segunda-feira. Entre todos os pontos analisados pela Cetesb -há rios com mais de um local de amostragem-, o Itamambuca está em 18º.
A classificação é feita com base nos coliformes termotolerantes, um microrganismo que serve de indicador da presença de agentes transmissores de doenças veiculadas através do contato com água contaminada, como cólera e diarréia.
O Itamambuca tinha, no ano passado, a média de 970 coliformes termotolerantes por 100 ml de água, segundo medições da Cetesb, e não 97 mil, como informava o texto. O índice representa o dobro da média dos dez anos anteriores.
As amostras foram coletadas em um ponto do rio perto do condomínio Itamambuca, costa norte de Ubatuba (224 km de SP). Segundo a Cetesb, a média anual de concentração de coliformes termotolerantes encontrada em Itamambuca mostra que o rio "está dentro dos padrões legais de qualidade para cursos d'água de classe 2".
Estão incluídos nessa classificação, do Conama (Conselho Nacional do Meio Ambiente), aqueles rios que podem fornecer água para o abastecimento público com tratamento considerado convencional.
No litoral norte de São Paulo, o rio mais poluído por esse critério é o Taveira, em Ubatuba, com uma concentração de 26 mil coliformes tolerantes por amostra de 100 ml. O Taveira é seguido por dois rios de Ilhabela, que dependem de mananciais superficiais para o abastecimento: o Nossa Senhora da Ajuda e o Quilombo, com 12 mil coliformes termotolerantes por 100 ml de amostra.
No ranking, eles são seguidos pelos rios Perequê-Mirim, com 11 mil coliformes por 100 ml, e Acaraú, em Ubatuba, com o índice de 6.700 bactérias.
Outro rio com índice alto é o Santo Antonio, no Indaiá, em Caraguatatuba (173 km de SP), com 6.400 coliformes/100 ml.
Entre os rios que chegam às praias mais conhecidas do litoral norte, o que está em pior condição é o Lagoa, que deságua na Frecheiras, em Caraguatatuba, com a média de 4.000 coliformes/100 ml.
O Massaguaçu, na mesma cidade, atingiu em 2007 o índice de 3.400 coliformes por 100 ml. O Lagoinha, em Ubatuba, chegou a 3.200/100.
Em São Sebastião, os piores graus de contaminação estão nos rios Paúba (1.400/100 ml) e Maresias (1.200/100 ml).
Os dados constam do "Relatório de Águas Interiores/ 2007", divulgado há duas semanas pela Cetesb, com informações sobre a situação dos rios de todo o Estado.


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