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PM reprime tumulto em escola de Osasco
Alunos soltaram fogos de artifício no pátio durante o intervalo; polícia é acusada de agressão com cassetete e gás de pimenta
Pelo menos dois alunos acabaram feridos após a confusão; PM diz que ação foi pacífica e que acusações são "conversa de criança"
DA REPORTAGEM LOCAL
DO "AGORA"
Uma confusão em uma escola estadual de Osasco (Grande
São Paulo) terminou ontem de
manhã com intervenção da Polícia Militar e com pelo menos
dois estudantes feridos.
Alunos acusaram a polícia de
ter usado cassetete e gás de pimenta. A PM diz que a ação foi
pacífica e que as acusações são
"conversa de criança". Havia
cerca de 700 pessoas no local.
Segundo a polícia, um grupo
de estudantes da Escola Estadual Professora Francisca Lisboa Peralta estourou fogos de
artifício em lixeiras no pátio
durante o intervalo.
"Os alunos começaram a jogar as carteiras para fora das salas. Os professores nos disseram que foram ameaçados e
por isso se reuniram e chamaram a polícia", disse o major
Carlos Alberto Galindo, do 42º
Batalhão. Ele afirmou que na
terça os alunos já haviam apedrejado veículos de docentes.
Pelo menos dez policiais entraram na escola e obrigaram
os jovens a voltar para as salas.
De acordo com relatos dos
estudantes, dentro das salas, alguns alunos começaram a destruir carteiras e depredar extintores de incêndio. A PM, então, retirou os alunos da escola.
Oito estudantes ouvidos pela
reportagem afirmaram que a
polícia usou sprays de pimenta
e cassetetes. "Os PMs me mandaram voltar para a sala e eu
disse que queria ir embora. Aí
um deles torceu o meu braço e
me mandou ficar encostado
numa parede", disse um rapaz
de 17 anos. Bruno Cesar Vicente, 18, afirmou ter levado um
golpe de cassetete no joelho.
O major Galindo disse que a
polícia se ofereceu para levar à
delegacia alunos e pais que quisessem formalizar as denúncias de agressão, mas apenas
um jovem de 15 anos aceitou.
À Policia Civil ele disse ter sido ferido por um PM com cassetete e foi encaminhado para
exames no IML. Outro aluno,
de 18 anos, foi à delegacia e afirmou ter sido atingido na cabeça, mas não sabia por quem.
A Secretaria da Educação
disse que não houve depredação e classificou o caso como
"pequeno tumulto". Houve aula normal à noite. A da Segurança disse que a polícia vai apurar
se houve abuso de violência.
Em maio, alunos depredaram a Escola Estadual Professor Antônio Firmino de Proença -onde estudou o governador José Serra. Em novembro,
o alvo foi a Amadeu Amaral. As
duas ficam na zona leste.
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