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foco
Gramado do campus da
USP vira acampamento
durante congresso
CINTHIA RODRIGUES
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
As árvores são aproveitadas
como varais para toalhas. Em
frente a portas de zíper e velcro, troncos servem de "banco de visitas". Uma ao lado da
outra, com corredores estreitos, 132 barracas coloridas tomam o gramado da Cidade
Universitária, na zona oeste,
em frente ao Departamento
de Geografia da FFLCH (Faculdade de Filosofia, Letras e
Ciências Humanas).
Os congressos da USP, de
tão prestigiados, são também
de difícil logística para visitantes. O jeito, para alguns, é
acampar no próprio campus
-uma solução barata e muito
bem localizada.
"São Paulo é muito grande.
Se a gente não fica aqui, acaba
perdendo alguma coisa no
deslocamento", diz o estudante de geografia da PUC-Rio, João Paulo Rabello, 23,
que veio para o 15º Congresso
Nacional de Geógrafos.
Segundo ele, os vestiários
podem ser usados das 9h às
21h e há banheiros disponíveis 24 horas. "A infra-estrutura está ótima."
O evento começou domingo e vai até amanhã. Entre
pesquisadores, palestrantes,
estudantes e expositores, são
5.000 inscritos.
"As inscrições extrapolaram [o previsto] e os estudantes, muitos de escolas públicas, chegaram com mochila,
mas não causaram distúrbio",
afirma o assistente acadêmico da geografia da USP, José
Clóvis de Medeiros Lima.
Até quem está em locais
considerados próximos se arrepende de não fazer parte do
acampamento. Um grupo da
UnB (Universidade de Brasília), que está em uma escola
no Butantã, caminha 40 minutos para ir embora.
"Toda noite tem festa", diz
Bruna Barbosa de Lucena, 21.
"A gente sai daqui lá pelas 4h
e não tem mais ônibus. Pena
que a gente não tem barraca."
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